Amub afastou 19 agentes de trânsito das escalas do final de semana como forme de penalizá-los
A superintendente da Autarquia da
Mobilidade Urbana (Amub), Maisa Tobias, teria afastado 19 agentes de
trânsito das escalas do final de semana, segundo denúncia do Sindicato
dos Servidores na Entidades Públicas Concessionárias do Sistema de
Transporte e de Tráfego Urbano do Município de Belém (Sintbel).
O sindicato diz que seria uma forma de
penalizá-los e intimidar os demais, por causa da possível queda na
arrecadação das multas. Os agentes dizem que a medida iria valer até que
a arrecadação volte a aumentar. “Nós estamos sendo usados como bodes
expiatórios para meter medo nos outros agentes e para aumentar a
arrecadação”, disse um dos agentes afastados da escala do final de
semana.
O afastamento causou uma redução de
aproximadamente R$ 120,00 no salário de R$ 1.500,00 dos agentes,
informou ele. Segundo os denunciantes, “só autuação é trabalho” para a
atual superintendente, que não estaria valorizando o trabalho de
educação e orientação.
Os agentes atingidos pela medida seriam
os novos concursados, que são estatutários e recebem adicional de turno
nos finais de semana. Eles também estariam trabalhando 40 horas
semanais, bem mais do que os antigos funcionários, regidos pela
Consolidação da Leis do Trabalho (CLT) e que só trabalham 30 horas por
semana.
Os “celetistas” reclamam que agora serão
obrigados a fazer mais horas extras para cobrir a ausência dos agentes
afastados da escala. A superintendente da Amub também é acusada de não
respeitar os agentes e de não aceitar a opinião de ninguém. Segundo
eles, “o trânsito na cidade não está melhor por causa da má gestão”.
Amub explica
A assessoria de comunicação da Autarquia
de Mobilidade Urbana de Belém informou que em seu quadro “existem
servidores submetidos a dois tipos de regime trabalhista, como o regime
de 40 horas semanais” e “recentemente foi feito uma readequação nas
escalas de trabalho, em alguns casos concentrando estas 40 horas no
período de segunda a sexta, quando há maior demanda em diversos pontos
da cidade”. A Amub nega redução na jornada de trabalho e nos salários.
Garante que a “readequação não teve nenhum outro motivo”. Diz ainda que é
inverídica “a afirmação de que tal mudança nas jornadas esteja atrelada
a uma cobrança por maior arrecadação advinda de notificações”.
Esclarece que a única exigência feita pelo órgão é de que “os servidores
cumpram a missão primordial de agente de trânsito prevista no Código de
Trânsito Brasileiro”, para não incorrer em omissão.
Fonte: Diário do Pará
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