A polêmica criada em
torno dos frigoríficos da cidade que estariam funcionando descumprindo alguns
itens da legislação em vigor já se arrasta por algum tempo e culminou nessa
semana com o fechamento do Frigorifico Araticum (Friara).
A decisão foi tomada baseada num parecer do Ministério
Público do Estado (MPE), que recomendou a paralisação da atividade do Friara,
que estaria trabalhando com o registro do Serviço de Inspeção Municipal (SIM)
cancelado pela secretaria de agricultura do município. Foi o que embasou o
parecer do MPE. E, nesta quinta- feira (17), a Procuradoria Jurídica do
Município (PJM) se manifestou pela primeira vez sobre esse assunto.
O procurador Jairo Araújo disse que a responsabilidade do
município é apenas em fiscalizar as questões técnicas e jurídicas para saber se
as normas legais estão sendo obedecidas. O procurador disse que espera que o
Friara regularize logo a sua situação para voltar a funcionar, e também
comentou a participação do MPE nessa decisão de suspender as atividades do Frigorifico
Friara.
Por outro lado, a diretora administrativa do frigorífico,
Alteviana Prado, que é filha do proprietário João Altevi do Prado, alegou, em
entrevista concedida às emissoras locais de televisão, que a empresa vem sendo
sistematicamente ‘massacrada’ em um sucessivo processo de perseguição. “Por
várias vezes, nós fomos procurados com novas exigências, e cumprimos com todas
elas.
A nossa documentação está completa, não há nenhuma
restrição. Temos tudo devidamente legalizado, mas acreditamos que há um
verdadeiro complô que tenta desestabilizar a empresa. Agora, só temos a
recorrer junto à Justiça para que sejam tomadas as devidas providências, já que
queremos apenas contribuir com Itaituba”, disse Alteviana.
A manifestação dos funcionários do frigorífico Friara
aconteceu ontem pela manhã em frente ao Fórum de Justiça e teve apoio de vários
donos de açougues, que deram sua opinião sobre o caso. Segundo eles, a
suspensão das atividades do Friara deixa espaço para um possível aumento no
preço da carne bovina, o que vai prejudicar seriamente o consumidor local. (Com
informações de Weliton Lima - TV Tapajoara)
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