O aumento na conta de luz é o presente de Dilma para o Dia dos Pais

O aumento da tarifa de energia elétrica determinado pelo ANEEL, agência reguladora do setor, já era esperado, porque o governo ao autorizar as distribuidoras a comprar energia mais cara das usinas termoelétricas deixou claro que o custo dessa operação seria repassado ao consumidor. O que ninguém esperava é que a conta viesse assim tão salgada.
Esse reajuste mostra que a Agência Nacional de Energia Elétrica é eficiente para reparar os prejuízos das empresas. Quanto ao consumidor, resta sofrer com as cobranças abusivas e principalmente com a péssima qualidade do serviço, pois a energia aqui oscila mais do que luz de vela ao vento.
A ANEEL não tem demonstrado nenhuma preocupação com esse problema. Enquanto isso, no Pará, que em pouco tempo vai se tornar o maior exportador de energia elétrica, o consumidor continuará pagando uma das tarifas mais caras do País, e seguramente com a pior qualidade desse serviço.
Quando se fala em prestação de serviços, seja pelo setor público ou privado, em regra aqui no interior do País as prestadoras não tem a menor consideração com o usuário.
Vejamos alguns exemplos: nos bancos os clientes só faltam pagar para entrar na agência, sendo obrigados a esperar horas e horas nas filas para serem atendidos. A internet aqui, quando funciona, a velocidade é igual à de uma lesma, embora se pague caro pelo serviço. Já as operadoras de telefonia móvel tratam os seus clientes com total indiferença como se não precisassem deles. Nos transportes, seja aéreo, marítimo ou terrestre, o passageiro quase sempre é tratado como mercadoria.
Na esfera pública a situação não é muito diferente, pois o trabalhador, que tem quase a metade da sua renda engolida pelos impostos, quando precisa de um serviço é mal atendido e às vezes até maltratado. Só que nesse caso resta o consolo de o eleitor ir à forra nas urnas no período de eleição.
Passando para o serviço privado, aí o cidadão está completamente desamparado, como nesse caso do aumento da energia; é pagar ou ficar sem luz. Não há alternativa para o consumidor, porque não há como o ele  mudar para outra distribuidora, uma vez que o serviço de distribuição de energia é monopolizado. ,
Com essa escalada constante no aumento do preço da energia, o Pará vai continuar exportando riqueza, mas a maioria da sua população está perdendo qualidade de vida, pois quem vai ter condições de usar um aparelho de ar condicionado depois desse aumento abusivo de 34,4% na tarifa?

Weliton Lima, jornalista, comentário no programa Focalizando de 07/08/2014

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