Servidores do MPF em Santarém aderem à greve nacional

Servidores do Ministério Público Federal (MPF), em Santarém, no oeste do Pará, estão em greve desde o último dia 10 por tempo indeterminado. A categoria reivindica melhores salários. Há dez anos que os funcionários do MPF estão sem aumento. A paralisação afeta todos os setores, porém, 30% dos serviços emergenciais estão funcionando.

O MPF é um dos órgãos fiscalizador que mais tem combatido a corrupção no país e, como forma de engessar a autarquia, o governo federal se nega a conceder reajuste à categoria. Os servidores exigem a realização de concurso público, reajuste do auxílio-alimentação e auxílio-creche, jornada de seis horas e extensão do percentual de reenquadramento aos servidores que já estão em fim de carreira.

A greve mobilizou apenas os técnicos, auxiliares e analistas do MPF. Segundo os servidores do MPF, todo ano tem aumento de combustível, gás e de alimentos, porém, os salários da categoria não sofre reajuste.

Os servidores apontam que há dez ano estão sem reajuste salarial digno e, quando comparados com carreiras análogas, com grau de responsabilidade e complexidade semelhantes, a carreira servidor da Procuradoria da República chega a ser remunerada em menos da metade, o que provoca uma grande evasão de servidores para carreiras melhores remuneradas.
Em Santarém, o MPF é responsável pelo atendimento de todos os municípios da região oeste do Pará. A quantidade de servidores é considerada insuficiente para o pleno funcionamento do órgão e bom desempenho do papel do Ministério Público Federal.

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