O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, decidiu fazer um strike nesta terça-feira, incluindo diversos
nomes na Operação Lava Jato e começando por ninguém menos que o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva; além dele, Janot pediu investigações sobre peças
importantes do governo da presidente Dilma Rousseff, como os ministros Jaques
Wagner e Ricardo Berzoini; outro nome incluído por Janot foi o de Antônio
Palocci, ex-chefe da Casa Civil; do PMDB, estão citados o deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA); "As provas
colhidas indicam para uma subdivisão interna de poder entre o PMDB da Câmara
dos Deputados e o PMDB do Senado Federal", diz Janot; "Já no
âmbito dos membros do PT, os novos elementos probatórios indicam uma atuação da
organização criminosa de forma verticalizada"; ontem, ele havia pedido
investigação contra o presidente do maior partido de oposição, senador Aécio
Neves (PSDB-MG)
247 – O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, decidiu fazer um strike nesta terça-feira, incluindo diversos nomes na
Operação Lava Jato, entre eles, ninguém menos que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Além de Lula, Janot pediu investigações
sobre peças importantes do governo da presidente Dilma Rousseff, como os
ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini.
Outro nome incluído por Janot foi o de
Antônio Palocci, ex-ministro-chefe da Casa Civil. Janot pede ainda
investigação contra Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação Social,
e Giles Azevedo, assessor especial da presidente Dilma Rousseff, bem como de
Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, e do presidente do Instituto Lula,
Paulo Okamotto, e do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
Do PMDB, estão citados o deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), assim como o
ex-presidente da Transpetro Sergio Machado.
"As provas colhidas indicam para
uma subdivisão interna de poder entre o PMDB da Câmara dos Deputados e o PMDB
do Senado Federal. Estes dois grupos, embora vinculados ao mesmo partido, ao
que parece, atuam de forma autônoma, tanto em relação às indicações políticas
para compor cargos relevantes no governo quanto na destinação de propina arrecadada
a partir dos negócios escusos firmados no âmbito daquelas indicações",
disse Janot.
"Já no âmbito dos membros do PT,
os novos elementos probatórios indicam uma atuação da organização criminosa de
forma verticalizada, com um alcance bem mais amplo do que se imagina no início
e com uma enorme concentração de poder nos chefes da organização. As provas
apontam para o envolvimento das seguintes autoridades com prerrogativa de foro:
Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Jaques Wagner, Delcídio do Amaral", acrescenta
o procurador-geral.
Ontem, Janot havia pedido investigação
contra o presidente do maior partido de oposição, senador Aécio Neves
(PSDB-MG). Os inquéritos estão sendo solicitados a partir da delação do
senador Delcídio Amaral (sem partido-MS). Leia mais na reportagem da Agência
Brasil:
PGR pede
investigação de Lula e mais 29 envolvidos na Lava Jato
André Richter - O procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de três ministros do governo, do
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e de parlamentares do PMDB,
entre outros acusados, no principal inquérito da Operação Lava Jato.
A petição chegou ao Supremo no dia 28
de abril, mas só foi tornada público hoje. Janot pediu ao ministro Teori
Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no Supremo, a inclusão das
seguintes pessoas no inquérito que investiga os crimes de lavagem de dinheiro,
corrupção e formação de quadrilha:
- Ex-presidente Lula;
- Ministros Jaques Wagner, Ricardo Berzoini e Edinho Silva;
- Senadores Jader Barbalho e Delcídio do Amaral;
- Deputados Eduardo Cunha, Eduardo da Fonte, Aguinaldo Ribeiro e André Moura; Arnaldo Faria de Sá, Altineu Cortes, Manoel Junior e Henrique Eduardo Alves;
- Assessor especial da presidência da República Giles Azevedo;
- Ex-ministros da Casa Civil Erenice Guerra e Antônio Palocci.
- Ministros Jaques Wagner, Ricardo Berzoini e Edinho Silva;
- Senadores Jader Barbalho e Delcídio do Amaral;
- Deputados Eduardo Cunha, Eduardo da Fonte, Aguinaldo Ribeiro e André Moura; Arnaldo Faria de Sá, Altineu Cortes, Manoel Junior e Henrique Eduardo Alves;
- Assessor especial da presidência da República Giles Azevedo;
- Ex-ministros da Casa Civil Erenice Guerra e Antônio Palocci.
O procurador solicitou abertura de
investigação contra o pecuarista José Carlos Bumlai, o presidente do Instituto
Lula, Paulo Okamotto e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual; Sérgio
Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, Sérgio Machado, ex-presidente da
Transpetro, subsidiária da estatal, e Silas Rondeau, ex-ministro de Minas e
Energia.
Ao pedir a inclusão de novos
envolvidos no inquérito, que está em andamento desde o ano passado, Janot
sustenta que houve um aprofundamento nas investigações. As acusações estão
baseadas, principalmente, nas afirmações feitas pelo senador sem partido Delcídio
do Amaral (MS) nos acordos de delação premiada.
"Esse aprofundamento das investigações mostrou
que a organização criminosa tem dois eixos centrais. O primeiro ligado a
membros do PT e o segundo ao PMDB. No caso deste, as provas colhidas indicam
para uma subdivisão interna de poder entre o PMDB da Câmara dos Deputados e o
PMDB do Senado Federal. Estes dois grupos, embora vinculados ao mesmo partido,
ao que parece, atuam de forma autônoma, tanto em relação às indicações
políticas para compor cargos relevantes no governo quanto na destinação de
propina arrecadada a partir dos negócios escusos firmados no âmbito daquelas
indicações", argumentou Janot.
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