Dunga critica árbitro e nega receio de perder cargo: “Só temo a morte”

Técnico culpa arbitragem por eliminação na Copa América, diz que acha estranha conversa por rádio e pede continuidade para que futebol brasileiro volte a crescer
GOL - DE MÃO
Dunga reclamou do gol de mão de Ruidíaz, direta ou mais discretamente, em quase todas as respostas de sua entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 para o Peru e a eliminação na primeira fase da Copa América. Mesmo com uma campanha bem abaixo da média, tendo feito gols apenas sobre o Haiti, o técnico culpou o árbitro Andrés Cunha e seus assistentes, e insistiu que o futebol brasileiro só vai se recuperar dos vexames se tiver continuidade.
– Todo um trabalho pode ser colocado fora por uma situação imponderável. Os jogadores e eu não podemos modificar o que todo mundo viu. Não deu para entender porque o bandeirinha não correu e porque levaram quatro minutos conversando. Depois passou no telão, foi mão clara, não tem como lutar contra isso. Eles estavam falando com quem? Não precisavam da comunicação por rádio, estavam os quatro juntos. Quem estava sendo consultado? De que forma? Isso é bastante estranho – afirmou Dunga, que também reclamou de um pênalti em cima de Philippe Coutinho no primeiro tempo.
Dunga Brasil x Peru (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)
Dunga deixa o gramado desnorteado após a eliminação precoce da Seleção (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)
A má campanha nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 – está na sexta colocação – fez com que Dunga entrasse pressionado na Copa América. Dirigentes da CBF já sugeriram ao presidente Marco Polo Del Nero, antes mesmo desse torneio, que o substituíssem por Tite, do Corinthians.
Nós elogiamos um trabalho de 14 anos da Alemanha, mas queremos que no Brasil se encontre a solução de uma hora para outra.”
Dunga
O treinador, entretanto, negou qualquer receio de perder o cargo e voltou a citar a Alemanha, que tem Joachim Löw como técnico há 10 anos – antes era auxiliar – como exemplo.
Dunga reclamou do gol de mão de Ruidíaz, direta ou mais discretamente, em quase todas as respostas de sua entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 para o Peru e a eliminação na primeira fase da Copa América. Mesmo com uma campanha bem abaixo da média, tendo feito gols apenas sobre o Haiti, o técnico culpou o árbitro Andrés Cunha e seus assistentes, e insistiu que o futebol brasileiro só vai se recuperar dos vexames se tiver continuidade.
– Todo um trabalho pode ser colocado fora por uma situação imponderável. Os jogadores e eu não podemos modificar o que todo mundo viu. Não deu para entender porque o bandeirinha não correu e porque levaram quatro minutos conversando. Depois passou no telão, foi mão clara, não tem como lutar contra isso. Eles estavam falando com quem? Não precisavam da comunicação por rádio, estavam os quatro juntos. Quem estava sendo consultado? De que forma? Isso é bastante estranho – afirmou Dunga, que também reclamou de um pênalti em cima de Philippe Coutinho no primeiro tempo.
A má campanha nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 – está na sexta colocação – fez com que Dunga entrasse pressionado na Copa América. Dirigentes da CBF já sugeriram ao presidente Marco Polo Del Nero, antes mesmo desse torneio, que o substituíssem por Tite, do Corinthians.
O treinador, entretanto, negou qualquer receio de perder o cargo e voltou a citar a Alemanha, que tem Joachim Löw como técnico há 10 anos – antes era auxiliar – como exemplo.
– Eu só temo uma coisa: a morte. Eu tenho medo. Do resto eu não tenho. É um trabalho, houve uma reformulação depois da Copa do Mundo. Nós elogiamos um trabalho de 14 anos da Alemanha, mas queremos que no Brasil se encontre a solução de uma hora para outra, em um ou dois anos. E só vamos encontrar a solução com continuidade.
Dunga também teve de explicar porque, mesmo atrás no placar, optou por não fazer mais substituições na equipe. Ele teve 19 minutos entre a confirmação do gol peruano e o apito final, mas se manteve com apenas Hulk no lugar de Gabriel, enquanto jogadores como Ganso, Lucas e Jonas, ofensivos, permaneceram entre os reservas.
– O time estava encaixado, estávamos criando situações.

Por Alexandre Lozetti e Felipe SchmidtBoston, EUA

Comentários