A Polícia Federal (PF)
deflagrou hoje (27) a 11ª fase da Operação Acrônimo em três estados (Rio de
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e no Distrito Federal. Estão sendo cumpridos
20 mandados judiciais, sendo dez de buscas e dez conduções coercitivas. Os
mandados foram autorizados pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite da 10ª Vara
Federal de Brasília.
De acordo com a corporação, a
operação está focada em dois inquéritos policiais que apuram eventos distintos
da investigação. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens
indevidas para que uma empresa de publicidade elaborasse campanhas educativas
do Ministério da Saúde, do Ministério das Cidades e do Ministério do Turismo
nos anos de 2011 e 2012.
O outro evento investigado
nesta fase trata de fraude em licitação da Universidade Federal de Juiz de
Fora, vencida pela gráfica de um dos investigados. Posteriormente, segundo a
PF, o Ministério da Saúde teria utilizado a mesma ata fraudada.
“As ações de hoje são um
desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça. O
magistrado relator do caso determinou o encaminhamento de parte da apuração à
Justiça Federal de primeira instância, por não envolver investigados com
prerrogativa de foro naquela Corte”, informou a corporação.
A operação
A Operação Acrônimo foi
instaurada para investigar esquemas ilegais que teriam beneficiado a campanha
eleitoral de Fernando Pimentel (PT) em 2014, quando ele se elegeu governador de
Minas Gerais.
Segundo a PF, Pimentel é
suspeito de cobrar vantagens ilegais de empresas durante o período em que
comandou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, entre 2011 e
2014. Em troca, essas empresas seriam incluídas em políticas públicas ou conseguiriam
obter empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, que
era vinculado à pasta.
(Agência Brasil)
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