Uma das questões da disciplina, que exigia conhecimentos do Índice de
Gini, conceito de economia, exigiu bastante raciocínio e reflexão dos
candidatos
Os 8,3 milhões de estudantes que realizaram
as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (6) fizeram um
exame de matemática difícil, mas sem novidades em relação ao ano anterior. De
acordo com Thiago Dutra, professor de matemática e autor dos materiais
didáticos do Anglo, quem estudou para o Enem com as provas dos outros anos não
se surpreendeu com as questões apresentadas neste domingo. “O exame optou por
privilegiar o raciocínio lógico. Os alunos tinham que pensar e interpretar, não
apenas saber fazer os cálculos”, afirmou Dutra.
A
questão que mais exigiu conhecimento dos candidatos, na opinião do professor,
foi a de número 156 da prova cinza (154 da prova amarela, 169 da prova azul e
173 da prova rosa), que cobrava que os alunos soubessem o que significa o
Índice de Gini, um conceito de medição da desigualdade, da área de economia.
“O aluno
não precisava saber fazer cálculos de grande complexidade, no entanto, ele
devia interpretar o texto, a imagem apresentada pela questão e, além disso, e
saber relacionar essas informações ao Índice de Gini para chegar à resposta”,
afirmou Dutra. Para o professor, a questão se torna complicada pois não trata
de um assunto do cotidiano dos alunos – e o cansaço, em uma prova tão longa,
também poderia confundir os estudantes.
“Os
alunos chegam ao final da prova exaustos e, como essa questão estava entre as
últimas, o processo de interpretação da questão e reflexão sobre seu
conteúdo pode ficar comprometido. Os textos que contextualizam as questões
estavam menores que os do ano passado, mas ainda assim são muito longos”,
afirma Dutra.
Comentários