Enem 2016: a questão de matemática que deu o que falar

Uma das questões da disciplina, que exigia conhecimentos do Índice de Gini, conceito de economia, exigiu bastante raciocínio e reflexão dos candidatos

Os 8,3 milhões de estudantes que realizaram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (6) fizeram um exame de matemática difícil, mas sem novidades em relação ao ano anterior. De acordo com Thiago Dutra, professor de matemática e autor dos materiais didáticos do Anglo, quem estudou para o Enem com as provas dos outros anos não se surpreendeu com as questões apresentadas neste domingo. “O exame optou por privilegiar o raciocínio lógico. Os alunos tinham que pensar e interpretar, não apenas saber fazer os cálculos”, afirmou Dutra.
A questão que mais exigiu conhecimento dos candidatos, na opinião do professor, foi a de número 156 da prova cinza (154 da prova amarela, 169 da prova azul e 173 da prova rosa), que cobrava que os alunos soubessem o que significa o Índice de Gini, um conceito de medição da desigualdade, da área de economia.
  “O aluno não precisava saber fazer cálculos de grande complexidade, no entanto, ele devia interpretar o texto, a imagem apresentada pela questão e, além disso, e saber relacionar essas informações ao Índice de Gini para chegar à resposta”, afirmou Dutra. Para o professor, a questão se torna complicada pois não trata de um assunto do cotidiano dos alunos – e o cansaço, em uma prova tão longa, também poderia confundir os estudantes.
“Os alunos chegam ao final da prova exaustos e, como essa questão estava entre as últimas, o processo de interpretação da questão e reflexão sobre seu conteúdo pode ficar comprometido. Os textos que contextualizam as questões estavam menores que os do ano passado, mas ainda assim são muito longos”, afirma Dutra.

Confira o gabarito extraoficial completo das provas realizadas neste sábado e domingo, feito pelos professores do Anglo Vestibulares.

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