Leocir, Jones e Abelar, segundo a PF, são caçadores profissionais. As fotos foram postadas no último dia 2
O ICMBio (Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade), em ação conjunta com o Ibama e a
Polícia Federal, efetuou no último sábado a prisão em flagrante de três
caçadores que haviam publicado em redes sociais imagens de uma onça pintada
morta. A informação é do jornal O Globo.
Eles foram detidos no município de Trairão, no oeste
do estado do Pará, e a prisão foi registrada na Delegacia da Polícia Federal de
Santarém.
— Foi uma resposta rápida do ICMBio — disse Lívio
Araújo Brito, delegado da PF em Santarém. — As fotos começaram a circular no
dia 2, e a prisão aconteceu três dias depois.
Foram presos Leocir da Silva, Jones Felipe Antônio e
Abelar Dewes.
Porte
ilegal de armas
Com eles, os agentes encontraram dois rifles calibre
22, munição própria para caça, vários cães treinados e a carcaça de dois
animais: um veado mateiro e uma ave jacutinga.
De acordo com o delegado,
ficou claro que os três são “caçadores profissionais”.
Eles foram acusados pelos crimes de matar espécimes da
fauna silvestre sem autorização e de porte ilegal de armas. Como o somatório
das penas ultrapassa quatro anos, eles foram encaminhados para um presídio na
região, onde aguardam pelo julgamento.
A caça ilegal é um problema difícil de ser combatido
naquele estado, onde a prática é difundida nas regiões mais próximas à floresta
amazônica. Em agosto, uma operação conjunta das polícias civil e militar
encontrou cinco cabeças de onças pintadas e uma de suçuarana armazenadas no
freezer de um comércio na zona rural de Curionópolis.
— A região coberta pela floreta amazônica é imensa, é
quase impossível fiscalizar tudo — disse Araújo Brito. — A caça acontece. A
gente tenta combater na medida do possível.
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