O
empresário Donald Trump, do Partido
Republicano, surpreendeu o mundo ao garantir os 270 votos necessários para se
eleger o 45° presidente dos Estados Unidos.
A
vitória vem depois de meses de uma corrida eleitoral escandalosa e uma apuração
disputadíssima contra a democrata Hillary Clinton. O sucessor de Barack Obama
assumirá a liderança da maior potência do mundo no dia 20 de janeiro de 2017.
Reação de Hillary
Derrotada,
Hillary Clinton, por meio de seu porta-voz John Podesta, disse que não falará
por enquanto, atrasando a realização do tradicional discurso de concessão no
qual o candidato vencido que reconhece os resultados do pleito. Em discurso
após vitória, Trump disse que democrata ligou para parabenizá-lo.
A DISPUTA: A vitória de Trump encerra uma das campanhas mais polarizadas da
história recente dos Estados Unidos. A campanha foi marcada por acusações
mútuas, envolvendo a vida pessoal dos candidatos e atingiu o auge quando um
vídeos, de 2005, mostrava o candidato do Partido Republicano usando palavras
desrespeitosas para se referir às mulheres. O resultado eleitoral surpreende
proque contraria as últimas pesquisas que mostraram Hillary Clinton com ligeira
folga na liderança da corrida eleitoral.
Os
mercados financeiros desabaram em todo o mundo com a notícia da vitória de
Donald Trump. O índice Nikkei do Japão caiu mais de 800 pontos, ou seja quase
5%. O índice da bolsa de Hong Kong perdeu 650 pontos, ou 2,8%. Enquanto isso, o
peso mexicano – que já apresentava um comportamento frágil quando o candidato
republicano subiu nas pesquisas durante a campanha – agora caiu para um mínimo
de oito anos, de acordo com a agência de notícias Bloomberg. As aplicações financeiras
estão se transferindo para o ouro. O peso mexicano está em queda livre.
Algumas
emissoras de televisão nos Estados Unidos mostraram a população mexicana, em
praças públicas, acompanhando com preocupação e tristeza a evolução da contagem
de votos e já pressentindo a vitória de Donald Trump. O México foi um dos
principais alvos dos ataques de Trump ao longo da campanha. Em agosto de 2015,
ele defendeu a construção de um muro na fronteira com o México, financiado pelo
governo mexicano, para evitar a entrada nos Estados Unidos de imigrantes
ilegais e traficantes.
Em
setembro de 2016, na tentativa de fazer uma política de boa vizinhança, o
presidente do México, Enrique Peña Nieto, convidou o candidato Donald Trump
para visitar o país. Trump aceitou o convite e se comportou como chefe de nação
e não como candidato, ocupando o centro das atenções do cerimonial mexicano e
colocando Peña Nieto em segundo plano. A visita de Trump acabou sendo um
constrangimento para o presidente mexicano, que recebeu muitas críticas da
oposição.
(Com informações do Portal
Exame)
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