Na última sexta-feira
(11), houve protestos em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Belém,
enquanto, no 3º andar do prédio, juízes analisavam mandado de segurança contra
a reintegração de 308 servidores demitidos da Secretaria Municipal de Saúde
(Sesma).
Segundo o Ministério
Público, os servidores foram substituídos para contratação de cabos eleitorais
a serviço da campanha à reeleição de Zenaldo Coutinho para a Prefeitura de
Belém, criando o que a promotora Rosana Cordovil - autora da ação - classificou
como formação de “curral eleitoral”. Ao ler seu voto, a juíza relatora do
processo, Luciana Daibes, afirmou ter encontrado nos autos fortes indícios de
crime eleitoral. Mas, ao final do julgamento, o TRE decidiu que a reintegração
ou não dos demitidos era assunto para ser tratado na Justiça Comum, e não na
esfera eleitoral.
A decisão é mais um
capítulo no intricado emaranhado jurídico em que se tornou a disputa eleitoral
deste ano na capital paraense e ajudou a aumentar a confusão sobre a real
situação jurídica de Zenaldo. O fato é que o prefeito reeleito e seu vice,
Orlando Reis, tiveram registros das candidaturas cassados pelo juiz Antônio
Cláudio Cruz, da 97ª Zona Eleitoral. O motivo foi o uso da página oficial do
facebook da Prefeitura de Belém para a campanha de Zenaldo, configurando uso da
máquina pública.
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