O salário mínimo de 2017 será de R$ 945,80. O valor
é 7,5% maior do que o deste ano (R$ 880,00). A definição saiu na noite desta
quinta-feira (15), na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017,
pelo Congresso Nacional. O projeto ainda amplia em aproximadamente R$ 10
bilhões os recursos previstos para a Saúde.
O valor do mínimo é calculado pela variação do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulada neste ano (estimada em
7,5%) mais a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) apurada
pelo IBGE em 2015 (o PIB foi de -3,8%).
Na prática, não haverá aumento real do salário
mínimo, pois não houve crescimento do PIB. Assim, o índice de correção
concedido deverá cobrir apenas a inflação do período e nada mais.
Segundo o Dieese, no entanto, o salário mínimo
referente ao mês de novembro deveria ser de pelo menos R$ 3.940,41 para alguém
viver minimamente bem no País.
“Esse aumento de R$ 65,80 não faz frente às
despesas do cidadão e muito menos da família. Ele é só uma referência
econômica. Como uma família vive com isso?”, questiona o especialista em
economia Hélio Hallite.
A economista Karla Diaz também diz que o aumento
não fará muito alívio ao bolso dos brasileiros. “Diante de todos os aumentos
que acompanhamos este ano, realmente o trabalhador quase nem sentirá que houve
mudança em seu salário”.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano que vem já
respeita as regras aprovadas pelo Congresso na PEC do teto de gastos, que
limitam o crescimento do gasto público à inflação do ano anterior.
As áreas da saúde e educação é que ficarão de fora
dessa novidade, pelo menos por enquanto, já que entrarão nesse teto em 2018.
Agora, o projeto segue para a sanção do presidente
Michel Temer.
Fonte: A Tribuna
Foto: USP imagens
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