O Ministério Público
Federal (MPF) divulgou esta semana novas informações sobre como age o homem
considerado um dos maiores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia. Na
semana passada, o MPF entrou na Justiça com novas denúncias para que o
empresário Antônio José Junqueira Vilela Filho volte a ser preso.
Segundo as investigações
do Ibama e do Ministério Público Federal, o suspeito usava várias inovações
tecnológicas, inclusive o monitoramento via satélite da floresta. De São Paulo,
ele conseguia monitorar todo o trabalho que era feito pelo grupo de
desmatamento e queimadas em Altamira, no sudoeste do Pará.
O MPF aponta ainda que
Antônio Vilela utilizava a seguinte técnica para disfarçar o crime ambiental:
as árvores mais altas não eram desmatadas, apenas aquelas mais baixas, para
dificultar o monitoramento dos órgãos ambientais.
Toda a área desmatada de
2012 a 2015 , quando esse grupo de 24 pessoas agia, equivale a 330 mil metros
quadrados, quase o tamanho de municípios como Fortaleza, Belo Horizonte e
Recife.
O órgão estima que o
esquema possa ter movimentado cerca de R$ 2 bilhões. As pessoas que trabalhavam
no esquema criminoso eram submetidas a condições semelhantes à escravidão,
espalhados na mata, procurando essas áreas que já haviam sido monitoradas pelo
suspeito.
O G1 tenta contato com o
advogado de defesa de Antônio Vilela Filho.
Por G1PA
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