O assassinato covarde de Eliane, a dor que sangra o peito e a esperança de que seja feita justiça

A violência que ronda os nossos lares, que bate às nossas portas e nos cerca diariamente nas ruas, esta semana invadiu a nossa casa e arrancou do seio de nossa família uma das pessoas mais dóceis e adoráveis que pode existir e.
Só Deus sabe o quanto tem sido difícil suportar esses primeiros dias sem a tua presença, Eliane, sem o teu sorriso, sem a tua alegria. A bala que atingiu o teu coração e ceifou a tua vida, também  acertou em cheio a nossa alma e essa dor que nos machuca, traz também o temor de ser o próximo alvo desses bandidos, que por conta da facilidade que tem de se livrar da cadeia, agem de forma cada vez mais audaciosa, afrontando a sociedade que se vê indefesa e acuada com tanta violência. 
No cemitério, durante o sepultamento do corpo da Eliane, não foi difícil encontrar pessoas que já foram vítimas de violência e que ainda esperam por justiça. E o mais revoltante nisso tudo é o que ouvimos, de vez em quando, de algumas autoridades, que não se deve andar pelas ruas tarde da noite, que ninguém deve ficar sentado à porta de casa com objetos de valor, pois isso atraí atenção dos ladrões. Ora, isso significa dizer que as vítimas é que são culpadas pela violência. 
Os bandidos que mataram a Eliane, não são apenas ladrões, são assassinos perversos, que matam pelo simples prazer de matar, pois usaram contra uma vítima indefesa, uma arma letal com balas explosivas, não dando nenhuma chance de Eliane se defender e, como em sua curta existência ela já estava acostumada a encarar as dificuldades da vida sem se reclamar, Eliane enfrentou a morte de forma serena, deixando escapar somente um breve sussurro: "Tá doendo muito"...

É, Eliane, tá doendo muito, mesmo; dói na alma de todos nós, teus amigos e colegas de trabalho; e essa dor só vai aliviar quando houver justiça para a tua morte. 


Jornalista Weliton Lima, comentário veiculado no telejornal Focalizando, quinta-feira, 01/12/2016

 

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