Mais uma vez o Jornal O
Impacto recebe denúncias em relação à verdadeira “caixa preta” que se tornou o
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), não somente
em Santarém, como também a nível Nacional. Em entrevista exclusiva, um analista
ambiental, que não quis se identificar com medo de represálias, aponta as
principais ilegalidades, segundo ele, com intuito de manter um esquema de
corrupção comandado pelo atual vice-presidente do órgão federal de fiscalização
ambiental, Luciano Evaristo.
Para ele, servidores que
estão a serviço de Evaristo, entre eles a atual gerente Maria Luiza,
utilizam-se da ilegalidade para tentar acabar com a Gerência do Ibama/Santarém,
e assim abrir caminho para os subterfúgios do vice-presidente.
Segundo ele, a prova, mas
contundente da atuação de Luciano Evaristo contra o meio ambiente, são os altos
índices de desmatamento registrados desde 2008. Acompanhe na íntegra a
denúncia:
“A alto índice de
desmatamento divulgado é culpa do vice-presidente do Ibama, que também é
diretor de Proteção Ambiental, Luciano Evaristo. Os dados revelados apontam
justamente os anos em que a gestão dele está no poder à frente do Ibama. Desde
2008, uma pessoa inescrupulosa, que não visa a proteção do meio ambiente, visa
apenas os seus interesses. Vejam bem, como pode um vice-presidente do Ibama, ser
indiciado pela Polícia Federal por cobrança de propina. Isso já foi provado,
inclusive foi denunciado aqui neste jornal, o caso se refere ao IPL 0275. Quero
dizer, isso está ficando oculto, e a culpa pelo desmatamento ninguém atribui a
qualquer pessoa, e esse bandido fica às margens da lei. A nível de Santarém,
nós temos um pessoa que foi mandada, indicada por ele, por Luciano Evaristo,
que é a atual gerente do Ibama/Santarém, Maria Luiza. Temos informações
contundentes, que ela coagiu empresários a procurarem o Ministério Público para
fazer denúncias contra os servidores de Santarém. Como prova também da coação
da atual gerente Maria Luiza, aos empresários que foram ao Ministério Público
fazer a denúncia e tiveram sua empresa desbloqueada em tempo Record, em apenas
um dia, em Brasília, nós temos agora duas provas. Uma são as conversas vias
WhatsApp, que já estão de posse da Polícia Federal, inclusive já estão com juiz
federal do caso, e outra gravada com o advogado que acompanhou os empresários
em Santarém, onde ele informa e diz, que Maria Luiza, coagiu os empresários a
irem no Ministério Público fazer denúncia. O plano que nós denunciamos, e que
está sendo arquitetado, seria para acabar de vez com o Ibama/Santarém. Para
isso, Luciano Evaristo mandou Maria Luiza e uma equipe de administrativa, para
acabar com Ibama/Santarém. Primeiramente perdeu-se a Unidade Gestora e hoje não
tem dinheiro para nada, nem para o café ou água, coisas simples, coisas
mínimas. Esse foi o primeiro passo, o segundo seria, essas pessoas fazerem
denúncias contra os servidores do Ibama/Santarém, e na imensa trama que irá ser
desbaratada, tirar essas pessoas do caminho fechando o Ibama/Santarém. Para
isso, como sempre, vem se pagando com cargos. Luciano Evaristo oferece
promoções para essas pessoas que contribuem com planos dele. Ficamos sabendo
recentemente, que todos os envolvidos na última operação da Lupa 2, onde resta
uma pessoa presa e dois afastados, o Luciano Evaristo agiu diretamente com
Maria Luiza, inclusive temos em nosso poder, um vídeo que mostra que Luciano
Evaristo, sabia bem antes de todos, dos acontecimento sobre a prisão. Nesta
semana, tivemos informações, que irá acontecer logo na volta das férias de
janeiro, alguns desses servidores que estão a serviço do vice-presidente, vão
ser removidos como forma de prêmio por aquilo que eles fizeram. Quero fazer
essa denúncia aqui, e saber qual vai ser o posicionamento do Ministério
Público. Todos nós sabemos que a política de remoção do Ibama, é um
procedimento difícil de se fazer, não é fácil você ser removido,
principalmente para aqueles que atuam na região amazônica. Hoje, os editais dos
novos concursos já constam no mínimo 5 anos antes da remoção. Como vão
acontecer essas remoções em Santarém? Será que o Ministério Público vai
intervir? Eles vão deixar acontecer essa remoção em massa? O Ibama/Santarém vai
repor essas vagas, tem servidores para preencher essas vagas. Para ver o que
será feito, é que faço estas denúncias. Vamos ver o que acontecerá? E de
antemão aviso, que a intenção de Luciano Evaristo e da gerente atual, Maria
Luiza, é fechar o Ibama/Santarém para transformá-lo numa base de Unidade
Avançada, onde ele pode comandar diretamente de Brasília, e usar de meios para
continuar compactuando com suas falcatruas, diretamente de Brasília, e na
região de Novo Progresso e Castelo dos Sonhos, onde acontece os maiores índices
de desmatamento no Brasil, e que enquadram o Pará, como maior desmatador”,
relato o Analista Ambiental.
AMAZÔNIA PERDE 7.989 KM²
DE FLORESTA: Entre agosto de 2015 e julho de 2016 (calendário oficial para
medir o desmatamento), a Amazônia perdeu 7.989 quilômetros quadrados (km²) de
floresta, a maior taxa desde 2008, segundo levantamento do Instituto de
Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) a partir de dados oficiais divulgados
pelo Governo Federal no fim do ano passado.
O desmatamento no período
equivale à derrubada de 128 campos de futebol por hora de floresta, segundo a
entidade. O perfil fundiário dos responsáveis pela devastação teve pouca
variação em relação aos últimos anos: a maior derrubada ocorreu nas
propriedades privadas (35,4%), seguida de assentamentos (28,6%), terras
públicas não destinadas e áreas sem informação cadastral (24%), e pelas
unidades de conservação, que registraram 12% de todo o desmatamento verificado
nos 12 meses analisados.
De acordo com o Panorama
do desmatamento da Amazônia 2016, os estados que registraram maior aumento da
taxa de desmatamento foram Amazonas, Acre e Pará, com incremento de 54%, 47% e
41%, respectivamente. Em números absolutos, o estado que mais desmatou foi o
Pará, 3.025 km² de floresta a menos; seguido de Mato Grosso, que perdeu de
1.508 km² de vegetação nativa; e Rondônia, com 1.394 km² de derrubadas. Os três
estados respondem por 75% do total desmatado em 2016.
Segundo o levantamento do
Ipam, o ranking de dez municípios que lideram o desmatamento na Amazônia
permanece praticamente inalterado nos últimos anos. Cinco municípios da lista
são do Pará: Altamira, São Félix do Xingu, Novo Repartimento, Portel e Novo Progresso.
O ranking também tem dois municípios amazonenses: Lábrea e Apuí; dois de
Rondônia: Porto Velho e Nova Mamoré; e um de Mato Grosso: Colniza, que lidera o
desmatamento no estado há, pelo menos, quatro anos.
O estudo aponta a
necessidade de envolvimento da sociedade no controle do desmatamento “com uma
nova estruturação de ações de comando e controle, criação de uma agenda
positiva de incentivos à eficiência da produção em áreas já desmatadas e mais
apoio para quem mantém seu ativo florestal, bem como a participação do mercado
e do sistema bancário no controle do desmatamento”.
Por: Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto
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