Tropas da Polícia Militar paraenses estão de
prontidão nesta terça-feira (21), após a divulgação de mensagens nas redes
sociais sobre uma suposta ameaça de chacina caso o cabo reformado da PM,
Otacílio José Queiroz, conhecido como “Cilinho”, seja condenado pelo tribunal do júri hoje.
“Cilinho” é julgado pela morte de Eduardo Felipe
Chaves, de 26 anos. Felipe morreu na sequência de homicídios realizados em
Belém nos dias 4 e 5 de novembro de 2014.
MENSAGEM
Segundo a mensagem divulgada nas redes sociais,
haveria retaliação “caso o irmão Cilinho seja condenado injustamente”. O texto
fala em “toque de recolher a partir das 23:30 desta terça-feira, meia hora
antes do Capa Preta dar o rolê dele”.
O suposto aviso seria para “os vagabundos de
plantão”. “Já estão avisados. Ninguém em canto de rua jogando conversa fora
hoje. Vai ser sal”, continua a mensagem.
O texto sugere ainda uma insatisfação com a atuação
do Estado e da justiça em julgar o cabo Cilinho. “Se é guerra que o Estado
quer, guerra o Estado vai ter. Quem comanda no Guamá e Terra Firme somos nós,
os Irmãos de Farda”.
No final, a mensagem é assinada como “I.D.F (Irmãos
de Farda ao lado da lei e contra a injustiça)”.
POLÍCIA DE PRONTIDÃO
As mensagens sobre uma suposta retaliação ao
julgamento de “Cilinho” já são do conhecimento da Polícia Militar e da justiça.
O DOL conversou por telefone com o promotor militar Armando Brasil e ele
informou que as guarnições estão avisadas para agir em caso de qualquer ameaça.
“Já conversei com o comandante geral da Polícia
Militar, coronel Roberto Campos, e ficou decidido que as tropas ficarão de
prontidão. Mesmo agentes de folga vão ficar atentos. Não sabemos se esse boato
é verdadeiro ou falso. Na dúvida, temos que ter cuidado”, comentou o promotor
militar.
Armando também defende que o julgamento de “Cilinho”
não está gerando impactos maiores na corporação. “Pode haver policiais
militares envolvidos em crime dessa natureza [milícia], e isso pode abalar a
moral deles. Mas isso não é um sentimento da tropa como um todo. Isso não está
abalando a tropa”, concluiu.
(DOL)
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