Parecer sobre
projeto que muda regras para aposentadoria foi aprovado há duas semanas em
comissão. Proposta do governo precisa do apoio de, pelo menos, 308 deputados.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou nesta segunda-feira (22) que a Casa
deverá discutir e votar o projeto de reforma da Previdência Social entre os
dias 5 e 12 de junho.
Enviado pelo governo no
ano passado, o texto é uma das prioridades
do presidente Michel Temer para
este ano no Congresso. O projeto foi aprovado
há duas semanas na comissão especial que
analisava a reforma e precisa do apoio de, pelo menos, 308 deputados, para
seguir para o Senado.
Entre outros pontos, a
reforma da Previdência prevê: idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos
para mulheres poderem se aposentar; contribuição mínima de 25 anos para o INSS;
e regra de transição para quem já está no mercado de trabalho.
"Entre o dia 5 e o
dia 12 de junho, vamos começar o debate e a votação da reforma da Previdência.
Nós temos um compromisso com a recuperação econômica do Brasil, nós temos um
compromisso com a geração de empregos no Brasil, temos um compromisso com a
redução rápida da taxa de juros no nosso paí", afirmou Rodrigo Maia nesta
segunda.
Diante da crise política
no país, causada pelas delações da JBS, que atingem o presidente Michel Temer,
partidos de oposição têm dito que tentarão obstruir todas as votações em plenário
até que Rodrigo Maia aceite um dos 14
pedidos de impeachment de
Temer.
Na semana passada, logo
após o coneúdo das delações dos empresários Joesley e Wesley Batista se tornar
conhecido, o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), chegou a
divulgar uma nota na qual avaliava que, diante do cenário, não
há espaço para o projeto avançarno Congresso.
Apesar do cenário de
crise, com a oposição pedindo o impeachment de Temer, Rodrigo Maia defendeu a
necessidade de a Câmara seguir com as votações.
"Como já disse,
[vamos] ter todas as nossas energias focadas na agenda econômica, que é a
agenda econômica que garante emprego, garante um desenvolvimento social para
todos os brasileiros, porque, melhor do que o Bolsa-Família, é um emprego com
carteira assinada. E, para que os brasileiros possam ter emprego com carteira
assinada nós precisamos termina a votação da reforma trabalhista e votar a
reforma da Previdência", disse.
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