Moro pede que não tenha manifestações durante interrogatório de Lula

O juiz federal Sérgio Moro, responsável por parte das investigações da Operação Lava Jato, pediu que não tenha manifestações em Curitiba durante o interrogatório do ex-presidente Lula, marcado para quarta-feira, 10. O recado foi publicado em uma rede social no sábado (6).

Na página criada no Facebook em homenagem ao juiz, Moro aparece em um vídeo caseiro de cerca de um minuto pedindo a população que evite uma “eventual discussão ou conflito” durante o depoimento.

“Tenho ouvido que muita gente que apoia a Operação Lava Jato pretende vir a Curitiba manifestar esse apoio, ou pessoas mesmo de Curitiba pretendem vir aqui manifestar esse apoio. Eu diria o seguinte: esse apoio sempre foi importante, mas nessa data ele não é necessário. Tudo que se quer evitar nessa data é alguma espécie de confusão e conflito”, diz o juiz.

Moro afirma que o interrogatório de Lula faz parte do processo de investigação e que é “uma oportunidade que o senhor ex-presidente vai ter para se defender”.

O vídeo foi publicado por volta das 21h de ontem e republicado minutos depois na mesma página. Juntos, os dois vídeos já registraram quase 2 milhões de visualizações e mais de 92 mil compartilhamentos.

O Movimento Brasil Livre (MBL), que figura entre os grupos mais ativos em apoio a Moro, disse que não está promovendo nenhuma organização oficial de protesto, mas que seus representantes estarão em Curitiba acompanhando a oitiva.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) disse que não está promovendo a organização de caravanas. Já o grupo Frente Povo Independente usou a internet por meio de um site de financiamento coletivo para garantir o pagamento de dois ônibus fretados rumo a Curitiba. Foram arrecadados R$ 8,5 mil em doações.

Na terça-feira, véspera do depoimento, Lula e apoiadores vão participar de um culto ecumênico na Catedral Metropolitana de Curitiba. Entre os confirmados no ato de apoio e solidariedade ao ex-presidente está a direção nacional do PT, dezenas de deputados, senadores e ex-ministros. (AE)

Comentários