A Polícia Federal
deflagrou nesta manhã, 15/5, a Operação Efeito Dominó, em mais um desdobramento
dos trabalhos iniciados em 2017 e que resultaram na chamada Operação Spectrum.
A ação desta fase tem, dentre outros, o objetivo de reunir informações complementares
da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, contra o Sistema Financeiro
Nacional, organização criminosa e associação para o tráfico internacional de
entorpecentes.
Cerca de 90 policiais
federais estão cumprindo 26 ordens judiciais, sendo 18 mandados de busca e
apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e três mandados de prisão
temporária nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato
Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante a investigação
policial foi possível identificar uma complexa e organizada estrutura destinada
à lavagem de recursos provenientes do tráfico internacional de entorpecentes.
As investigações demonstram indícios acerca do modus operandi da organização
criminosa, consistente na convergência de interesses das atividades ilícitas
dos “clientes dos doleiros” investigados, pois de um lado havia a necessidade
de disponibilidade de grande volume de reais em espécie para o pagamento de
propinas e de outro, traficantes internacionais possuíam disponibilidade de
recursos em moeda nacional e necessitavam de dólares para efetuar as transações
internacionais com fornecedores de cocaína.
Dentro das estruturas
investigadas neste caso, verificou-se a atuação concreta e direta de dois
operadores financeiros (“doleiros”) já conhecidos de operações anteriores da
Polícia Federal – Operação Farol da Colina (caso Banestado) e Operação Lava
Jato. Ambos foram alvos de tais investigações pelas práticas dos mesmos crimes
ora investigados.
Quanto ao operador
financeiro (“doleiro”) já investigado da Operação Lava Jato, chama atenção o
fato de ter retornando às suas atividades ilegais mesmo tendo firmado acordo de
colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República, que foi
posteriormente homologada pelo Supremo Tribunal Federal. A PGR e o STF serão
comunicados sobre a prisão do réu colaborador, para avaliação quanto a “quebra”
do acordo firmado.
Os presos serão conduzidos
à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR, onde permanecerão à
disposição da Justiça Federal.
RG
15 / O Impacto com informações da PF
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