A Justiça Federal decretou
segunda-feira (16), o bloqueio dos bens do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo
Crivella. O bloqueio foi causado por uma ação de improbidade administrativa
devido a um contrato fechado pelo Ministério da Pesca e da Aquicultura na época
em que Crivella era ministro. Os bens do prefeito do Rio estão bloqueados até o
valor de R$ 3,15 milhões.
Segundo o despacho do juiz
Renato Borelli, da 20ª Vara Federal do Distrito Federal, o contrato foi feito
entre o ministério e a empresa Rota Nacional Comércio e Manutenção de
Equipamentos Eletrônicos LTDA para a instalação e substituição de vidros,
portas de vidros, espelhados e seus acessórios.
Além de Crivella, mais
sete pessoas estão sendo investigadas no processo de improbidade, sendo quatro
ex-funcionários do ministério. Foi verificado um sobrepreço de R$ 411 mil. No
despacho, o juiz disse que o ex-ministro “não adotou as medidas necessárias
para garantir que o preço estimado da contratação estivesse em conformidade com
os valores observados no mercado”.
O prefeito Marcelo
Crivella foi procurado por meio de sua assessoria, que respondeu em nota sobre
a ação judicial que o contrato sob suspeita foi cancelado pelo ministério após
sindicância e que o ministro não pode ser responsável pela fiscalização do seu
cumprimento.
“Em relação à decisão do
juiz federal da 20ª Vara do Distrito Federal, vale ressaltar que foi
determinada realização de sindicância no Ministério da Pesca e o contrato foi
cancelado antes mesmo da manifestação da Controladoria-Geral da União (CGU).
Cabe esclarecer que não é da responsabilidade de um ministro de estado a
fiscalização de contrato”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil
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