Candidatos discutem propostas na TV Liberal


Saúde e segurança foram temas frequentes no debate

A cinco dias da votação nas eleições deste ano, neste domingo (7), os eleitores paraenses acompanharam, na noite desta terça-feira (2), as propostas dos quatro principais candidatos ao governo do Estado, no último debate na televisão antes do pleito. Ao vivo, para todo o Estado, a TV Liberal transmitiu o confronto de ideias e planos de governo de Fernando Carneiro (Psol), Helder Barbalho (MDB), Márcio Miranda (DEM) e Paulo Rocha (PT). Saúde e segurança foram temas frequentes nos questionamentos dos candidatos.
O debate foi mediado pela jornalista da Rede Globo de Brasília Claudia Bomtempo. O encontro teve duração de 1h55 minutos, dividido em cinco blocos de discussão de vários temas de interesse público e troca de acusações. A última parte foi de considerações finais. Por bloco, cada participante teve 30 segundos para perguntas, dois minutos para respostas e mais um minuto e 15 segundos de réplica e tréplica.
Os candidatos ao governo chegaram aos estúdios da TV Liberal, na avenida Nazaré, entre 20h30 e 21h15. O primeiro foi Paulo Rocha, seguido de Fernando Carneiro, Helder Barbalho e Márcio Miranda. Na primeira parte do confronto, foram debatidos os temas: violência, corrupção, saúde e educação, escolhidos entre os adversários. Fernando Carneiro e Paulo Rocha criticaram a insegurança no Estado e a falta de apoio aos policiais militares. Em seguida, o clima esquentou entre Márcio Miranda e Helder Barbalho, que trocaram acusações. 
No segundo bloco, os assuntos foram determinados pelos candidatos. Foram debatidas propostas de políticas para o funcionalismo público, o agronegócio, a geração de energia elétrica, e, mais uma vez, para a saúde. Na rodada, Miranda foi  atacado por Fernando Carneiro e Paulo Rocha, por conta da situação da saúde no Estado e pelo não pagamento do piso salarial aos professores da rede pública. Miranda defendeu os hospitais regionais e se defendeu dizendo que não é do Executivo, mas deputado estadual. Carneiro criticou a falta de descentralização dos atendimentos na capital, mesmo com os hospitais regionais, e atacou a perda de 711 leitos no Pará, nos últimos anos, na gestão de Simão Jatene.
O terceiro bloco do debate na TV Liberal seguiu com o critério de sorteio de perguntas de temas livres. Carneiro abriu o debate questionando Helder Barbalho sobre sua ligação com o presidente Michel Temer. Helder respondeu que é candidato do povo e que não precisa de padrinhos políticos.
Final
Meio ambiente, turismo, saneamento e portos foram os últimos temas sorteados no quarto bloco do debate, no qual os candidatos colocaram suas propostas. Como solução, eles acreditam na geração de empregos e renda, na melhoria dos setores discutidos. Durante as considerações finais, os quatro adversários falaram sobre suas carreiras politicas, seus trabalhos e projetos para convencer os eleitores.
O que disse cada candidato?
FERNANDO CARNEIRO  (PSOL)
Fernando Carneiro, durante o debate, fez diversas críticas sobre as acusações entre os grupos políticos que comandaram o Estado ao longo dos últimos anos. O vereador de Belém colocou-se como um candidato da renovação, da mudança e do fim da velha política no Pará. Em suas perguntas e respostas, Carneiro se mostrou contra os incentivos fiscais a grandes empresas que atuam no Estado, repudiou a corrupção e se posicionou contra a candidatura de políticos envolvidos em corrupção. O candidato foi firme em relembrar a falta de diálogo do atual governo com o funcionalismo público e a falta de investimentos nas áreas de segurança pública, educação e  saúde. Carneiro garantiu que, se eleito, dará fim à privatização de estatais e ainda prometeu governar para os menos assistidos com projetos que estimulem a criatividade. Por fim, lamentou o curto tempo no programa eleitoral na TV e convidou os eleitores a conhecer seu plano de governo nas redes sociais. 

PAULO ROCHA (PT)
Em sua participação no debate da TV Liberal de ontem, o candidato petista fez um histórico de sua militância pelo partido e defendeu a absolvição do ex-presidente Lula, fez acusações ao presidente Michel Temer de haver se apossado do governo por meio de “golpe”. O candidato ao governo do Pará prometeu que, se eleito, manterá as política assistencialistas que marcaram os governos do Partido dos Trabalhadores. Paulo Rocha afirmou que que esta eleição será histórica não apenas no Estado, mas também no Brasil, porque irá consagrar o “jeito Lula de governar o País”. Paulo Rocha acredita que os candidatos do PT são a esperança para restabelecer os programas de assistência de moradia, na educação, na produção rural na reforma agrária do Brasil. Por fim, o petista pediu voto aos paraenses para o candidato à presidência da República Fernando Haddad.

HELDER BARBALHO (MDB)
O candidato do MDB Helder Barbalho, durante suas considerações finais no debate, relembrou sua carreira política, que começou como vereador, deputado estadual, prefeito de Ananindeua por oito anos, ministro da Pesca e da Integração Nacional. O candidato reiterou seu trabalho nos 144 municípios do Estado, durante sua passagem pelo Governo Federal, trazendo recursos para projetos de infraestrutura ao Pará. Se eleito, Helder Barbalho prometeu virar a página do abandono, gerar postos de trabalho e oportunidades aos paraenses, a partir de incentivos ficais às grandes empresas que já atuam ou pretendem entrar no Estado. Ele também garantiu um debate amplo com a sociedade, investimento em setores como o agronegócio, saúde, segurança pública e o aumento dos índices da educação no Estado.

MARCIO MIRANDA (DEM) 
No último bloco de considerações finais, o candidato Márcio Miranda contou que veio do interior do Estado, estudou em instituições públicas de ensino e foi aprovado em concurso público. Afirmou também não ter tido nenhum tipo de privilégio politico e nem parentes para abrir portas em sua carreira profissional.  Como médico de formação, ele prometeu que, se eleito, terá a saúde com uma das áreas prioritárias em seu Governo. Além disso, promete também estimular à assistência social. Durante seu mandato como deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), ele garantiu conhecer a realidade do Estado e do povo paraense. O candidato do DEM rebateu todas as acusações feitas durante o debate de ter cometido crimes ou peculato durante sua carreira política. Ele garantiu não ter processo contra ele e ser ficha limpa.

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