Carlos Alberto, Glauber Andrade, Eró Batista e Izael Amaral, prestaram depoimentos à promotora Lilian Braga
Vereadores Carlos Alberto, Glauber Andrade, Erodice Batista e Izael Amaral, foram ouvidos pelo MPE
Vereadores que fazem oposição ao
prefeito Manoel Henrique Gomes Costa, do município de Juruti, no Oeste
do paraense, continuam a serem ouvidos pela promotora do Ministério
Público Estadual (MPE/Juruti), Dra. Lilian Regina Furtado Braga. As
acusações partem de 4 membros do Legislativo, os vereadores Carlos
Alberto Batista de Oliveira (DEM), Erodice Brelaz Batista (DEM), José
Glauber Andrade de Souza (DEM) e Izael Amaral da Cruz (DEM). Eles
solicitam à Promotora que realize fiscalização de corrupção e
enriquecimento ilícito do Prefeito.
Henrique Costa sendo investigado pelo MPE
O documento dos denunciantes relata que o
prefeito Manoel Henrique Costa, “pregando moralidade administrativa e
combate à corrupção e ao desperdício de dinheiro público, adquiriu
patrimônios que comparados com sua renda e de seus subsídios são
incompatíveis. O patrimônio pode estar no nome do acusado ou de
parentes, esposa e filhos.
O patrimônio de Manoel Henrique Costa
antes do mandato contabilizam uma casa na Av. Joaquim Gomes do Amaral –
Bairro Centro (atualmente cedida para servir de diretório do Partido dos
Trabalhadores). E uma segunda casa na Tv. Padre João Brás – Bairro
Centro.
Enquanto que no patrimônio atual,
constam: 1 mansão de 4 andares na Tv. Padre João Brás – Bairro Centro /
Juruti – Pá.; 1 casa na Av. Joaquim Gomes do Amaral – Bairro Centro /
Juruti-Pá (atualmente cedida para servir de diretório do Partido dos
Trabalhadores); 1 supermercado (Bom D+) na Av. Marechal Rondon – Bairro
Centro / Juruti-Pá; 1 prédio e representação da casa lotérica na Av.
Marechal Rondon – Bairro Centro / Juruti – Pá (a representação da
lotérica está no nome de sua filha Emanuele Costa, sem renda fixa para
aquisição do bem); 1 automóvel – marca Pajero – circulando em Juruti-Pá;
1 automóvel – marca Hillux – – circulando em Juruti-Pá; 1 casa em
Santarém–Pá. Supostamente no nome de um membro da família; 1 casa em
Belém–Pá. Supostamente no nome de membros da família e; 2 automóveis de
passeio – circulando em Santarém/Pá. Supostamente no nome de membros da
família.
O prefeito de Juruti, Manoel Henrique
Costa, foi eleito pela primeira vez em 2004 para o mandato de quatro
anos e reeleito em 2008 para mais quatro anos”.
Desmandos na saúde – A
denúncia de descaso do Executivo de Juruti prolifera nos gabinetes dos
vereadores na Câmara Municipal, pela boca da população. Eles clamam por
atendimentos básicos como na saúde e na educação. Nos desmandos na
saúde, a dona de casa, Dione dos Santos (26) lamenta ter passado dois
dias com o filho de 6 anos de idade internado no Hospital Municipal de
Juruti e nada. Ela veio procurar atendimento para o filho no Pronto
Socorro Municipal de Santarém. “No municipal de Juruti, só tem um médico
para o atendimento, e não sabe para onde correr, é muita gente clamando
por atendimento. Não deram nenhum diagnóstico do meu filho. E tive de
contar com solidariedade dos outros. O setor de saúde de Juruti está há
muito tempo sem suporte aos doentes que correm para buscar socorro. E
quem encontra dificuldade para se descolar, fica jogado lá ou vai para
casa”, disse Dione dos Santos.
A moradora jurutiense informa a
dificuldade também na educação, quando diz que a filha está sem estudar
desde agosto de 2011. O motivo é uma reforma na Escola Municipal Maria
da Saúde, no bairro São Francisco. “A diretora deixa sem informação
sobre a volta das aulas, e a minha filha pode perder o ano desse jeito”.
Dione garante que a população reclama muito e fica sem apoio do
Prefeito. “Parece que todo mundo tem medo dele e ficamos na mão”,
informou.

Promotora Lilian Braga apura denúncias de corrupção contra Prefeito
De posse da cópia do termo de
declarações do vereador do DEM, Carlos Alberto Batista de Oliveira,
feita na última terça-feira, dia 18, no Fórum de Juruti, destacamos o
alguns itens do documento, “quando o prefeito Manuel Henrique informou
na Câmara que a casa localizada na Padre João Brás teve os custos de R$
1.000.000,00; Que o declarante já consultou algumas pessoas da área de
construção e informaram que essa obra deve ter custado em torno de R$
1.500.000,OO a R$ 2.000.000,OO; A casa da Padre João Brás que consta na
declaração de 2008 ao TSE, estava avaliada em R$ 250.000,OO em 2008; Que
em agosto de 2011 afirma que a casa vale R$ 1.000.000,OO; Que a renda
do Prefeito e sua esposa não chega a R$ 500.000,OO até agosto de 2011;
Que tem por referência os meses de janeiro de 2009 a agosto de 2011; Que
se questiona como o Prefeito conseguiu R$ 750.000,00 para investir na
casa; Que apresenta ao Ministério Público cópia dos Of. n° 007/2011 de
12.04.2011 e Of. 005/2011 de 16.03.2011 e até a presente data não
tiveram os Ofícios respondidos”.
Esse é o último item das inúmeras
declarações feitas pelo vereador Carlos Alberto que acusam o prefeito de
Juruti de corrupção e enriquecimento ilícito. As denúncias foram
oficializadas ao MPE, após a cobrança feita pela oposição na sessão da
Câmara de Municipal dessa cidade, no dia 31 de agosto de 2011. Na
conclusão das declarações, esse membro do Legislativo informa quanto “o
déficit da Prefeitura de aproximadamente vinte e dois milhões de reais”.
E ainda sugere a quebra do sigilo bancário do Prefeito por ter
informações de que este tenha contas no Banco Nacional de
Desenvolvimento Economico e Social (BNDES), Bradesco e Banco do Brasil.
Como também solicita a quebra do sigilo telefônico do Prefeito, a
esposa, filhos e do irmão Elândio Costa. O documento dessa e outras
declarações do Legislativo foram assinados pelos declarantes, advogados e
promotora Lílian Braga.
Por:Alciane Ayres.
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