Presidente afastada decidiu apresentar defesa pessoalmente. Julgamento
final começará no dia 25 e só deve terminar dia 30
O
Senado Federal agendou para dia 29 o pronunciamento da presidente Dilma
Rousseff no julgamento final do impeachment. A petista confirmou nesta
quarta-feira que fará pessoalmente sua defesa em plenário. O roteiro da
derradeira votação foi definido em reunião entre o presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que presidirá a sessão, e o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O julgamento terá início às 9
horas do dia 25, próxima quinta-feira.
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Na
primeira etapa, senadores poderão apresentar questões de ordem, sobre as quais
Lewandowski terá de decidir. Haverá intervalos a cada quatro horas. Na
sequência, começa a oitiva de testemunhas: duas de acusação e seis de defesa.
Essa fase deve se estender por toda a sexta e madrugada de sábado. Se as
oitivas se encerrarem no sábado, o julgamento será retomado na segunda-feira.
Do contrário, não há previsão de interrupção dos trabalhos. No dia 29,
portanto, Dilma terá meia hora para falar. Começam, então, as perguntas dos
senadores, acusação, defesa e do presidente do STF – Dilma tem o direito de
permanecer calada.
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contra Dilma e Lula
Encerrada
essa fase, acusação e defesa falarão por mais uma hora e meia, com direito a
réplica e tréplica. Senadores inscritos poderão, em seguida, falar por dez
minutos cada – o que deve ocorrer na terça-feira. Somente depois disso é que
Lewandoski lerá o resumo do processo, abrindo espaço para que dois senadores
favoráveis ao impeachment e dois contrários discursem por cinco minutos, antes
do início da votação.
O
presidente do STF fará, então, a seguinte pergunta: “Cometeu a acusada, a
senhora presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de
responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição
financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do
Congresso Nacional, que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu
cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer
função pública pelo prazo oito anos?”. Se 54 senadores responderem sim no
painel eletrônico, Dilma perderá definitivamente o cargo.
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