Irresponsabilidade no trânsito deixa mais de 40 mil vítimas por ano no país

No Ceará, vítimas de acidentes são homenageadas em capelas na estrada.

Em São Paulo, número de mortos caiu com redução da velocidade nas vias.

O Piauí é o estado campeão em acidentes de moto. Nas estradas, os flagrantes de negligência são frequentes. O principal hospital de urgências de Teresina tem metade dos seus leitos ocupados por acidentados e os neurologistas relatam atender o triplo de casos de traumatismos cranianos, se comparados aos índices do resto do mundo.
Edson, Miriam, Bruna, Marisa, Cilene, Roselio e Roberto foram mortos no trânsito de São Paulo em 2011. Cinco anos depois, os responsáveis por essas mortes ainda não foram julgados. A maioria dos motoristas estavam embriagados e foram indiciados por homicídio doloso, porque assumiram o risco de matar, mas ninguém foi preso.
Eles deveriam ir a júri popular, mas só um tem data marcada para sentar no banco dos réus. Na maior parte dos casos, a investigação levou mais de dois anos para ser concluída, e os recursos apresentados pela defesa demoram a ser julgados.
Há um ano e meio a redução da velocidade nas marginais divide a opinião dos paulistanos. Os números mostram que as mortes no trânsito diminuíram, mas há quem seja contra a medida.
A rodovia CE-311 liga a região norte do estado ao litoral. A estrada, de 70 quilômetros, corta a Serra de Abiapaba e é cheia de curvas. Lá, os mortos por acidentes são homenageados em pequenas capelas no acostamento. São muitas as histórias de jovens vítimas do trânsito.

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