Os cinco presos pela
Polícia Civil na terceira fase da operação Iara no município de Mãe do Rio, no
nordeste do Pará, foram transferidos para a Divisão de Repressão a Furtos e
Roubos em Belém (DRFR) na última sexta-feira (17).
Segundo a
polícia, foram presos o ex-presidente da Câmara Municipal de Mãe do Rio, a irmã
dele, um vereador do município, o atual secretário de Meio Ambiente e um
ex-servidor da Câmara. Os investigados devem responder pelo crime de corrupção,
já que eles estariam envolvidos no esquema de pagamento de propina entre os
vereadores para a aprovação do projeto de lei de expansão urbana de um
loteamento da cidade. "E ainda temos outras denúncias de desvio de
recursos públicos e corrupção no referido município. As investigações não
param. A delegacia de repressão às fraudações públicas está apurando os outros
crimes que foram noticiados", disse o delegado da DRFR Carlos Eduardo
Vieira.
"Apuramos que
vereadores do município teriam recebido indevidamente lotes no Residencial
Ipiranga pra aprovarem o projeto de lei de expansão urbana de Mãe do Rio em que
se inseria o citado loteamento", explica o delegado Evandro Moreira. Na
primeira fase da operação, computadores e documentos foram apreendidos no
residencial investigado. Na segunda fase, deflagrada no início deste mês, o
objetivo era cumprir três mandados de prisão preventiva, 10 de condução
coercitiva e oito de busca e apreensão, expedidos pela Comarca de Mãe do Rio.
"Várias testemunhas e
investigados prestaram depoimento à Polícia Civil e também apreendemos vários
elementos de prova", diz o delegado. Os policiais cumpriram o mandado de
prisão contra Ana Lúcia Magalhães, conhecida como "Ana do Povão", que
exercia a função de vereadora na Câmara Municipal de Mãe do Rio até o final de
2016.
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