Ao
longo do tempo, a raça humana já inventou muitas formas diferentes de
destruir a si mesma. Muitos cientistas já se dedicaram a analisar
algumas atitudes que as pessoas tomam, mas grande parte dessa área de
conhecimento ainda permanece um mistério para muita gente. Esta lista
com dez comportamentos destrutivos é uma tentativa de jogar alguma luz
sobre este assunto.
Os
psicólogos pensam na boataria como um dos fatores mais destrutivos
porque ela está atrelada a outros: quem fofoca nem sempre tem
compromisso com a verdade, e a vida dos outros pode ganhar uma versão
totalmente distorcida na boca do interlocutor.
2º JOGO: Não é apenas o ser humano que tem uma impulsão natural a apostar: até os macacos o fazem. Um experimento concluiu que os primatas se sujeitaram a testes contínuos para conseguir um prêmio, no caso uma tigela de suco de frutas. E se tinham a oportunidade de conseguir um pouco mais, mesmo arriscando perder o que já tinham, eles tentavam. Mas como surge essa tendência? Psicólogos afirmam que o nosso cérebro tente a acreditar nas próprias vitórias. Logo, quando a gente vence por muito pouco, não pensa nisso como uma quase-derrota e que as chances de perda eram muito maiores do que a de ganho. Pensamos que a vitória deve ser repetida, por isso vamos novamente ao jogo sem pensar nas conseqüências. Muitas histórias de fortunas perdidas em cassinos, por exemplo, foram motivadas por este simples mecanismo mental.
3º ESTRESSE: Será que as pessoas têm a escolha de se estressar ou não diante da vida que levam? Muitos estudos já comprovaram que ele piora a saúde em todos os sentidos e podem levar o corpo a um precoce ataque cardíaco ou um até um câncer. O ambiente do trabalho sempre foi tomado como a maior fonte de stress. E a tecnologia moderna representou, conforme explicam os pesquisadores, uma ameaça em potencial: quanto mais celulares e laptops nós temos, menor fica a linha que separa o trabalho do descanso: levamos trabalho para casa, temos menos tempo para relaxar e acabamos nos estressando mais. As velhas dicas de bom sono, boa alimentação e exercícios físicos regulares ficam cada vez mais válidas diante desta situação.
4º ALTERAÇÃO ARTIFICIAL NO CORPO: Quem nunca fez tatuagem já deve estar cansado de ouvir histórias de como é dolorido e de como foram sofridas as horas que a pessoa passou na cadeira da loja para imprimir um desenho na própria pele. Mesmo assim, essa e outras várias mudanças artificiais no corpo continuam atraindo muitos interessados e estão cercadas de fascinação. Cirurgias plásticas no rosto e no corpo, implantes e adereços pelo corpo fazem parte da história moderna do ser humano. Psicólogos não negam que a principal razão seja mesmo a busca pela beleza e para se ficar mais apresentável na sociedade. Mas não seria apenas isso. A questão, conforme especialistas afirmam, não está apenas na pessoa se sentir bem perante os outros, e sim consigo mesma. Mas uma coisa, obviamente, está ligada à outra.
5º BULLYING: A
palavra que entrou na moda em um passado recente, no Brasil, serve
para explicar uma atitude muito antiga: a discriminação. No caso de
crianças, psicólogos ainda divergem sobre a origem deste comportamento
entre os dois ambientes que elas freqüentam: a família e a escola. A
maioria dos educadores acredita que a influência comece em casa, mas em
ambos os cenários a criança encontra condições sociais para praticar o
bullying.
É
claro que esta atitude não se limita às escolas: uma pesquisa afirmou
que 30% dos profissionais norte americanos já passaram pela experiência
da discriminação no trabalho. Tomando o bullying como uma condição
psicológica do ser humano, a maioria dos profissionais acredita que
esteja relacionado a questões de status e poder: quando humilhamos uma
pessoa, nos colocamos em patamar superior perante o grupo.
6º VÍCIOS: Todos os fumantes sabem, atualmente, que estão fazendo mal a seus pulmões, e mesmo assim fumam. Mas talvez isso não se explique apenas pela dependência química que a nicotina causa no corpo: fatores psicológicos podem levar as pessoas a manter este e outros maus hábitos de vida. Por que, apesar da consciência do mal, as pessoas buscam justificar suas atitudes (dizendo coisas como: minha avó tem 90 anos e fumou a vida inteira)?
Uma
psicóloga canadense, da Universidade de Alberta, elencou cinco razões
além da biologia para afirmar porque as pessoas não largam seus vícios.
Seriam elas: rebeldia interna natural, necessidade de ser aceito
socialmente, incapacidade de realmente compreender os riscos do vício,
visão egocêntrica de mundo (algo como não se preocupar com as pessoas
que vão sofrer se você morrer) e predisposição genética.
7 º TRAIÇÃO: Por que o ser humano, já tendo escolhido um parceiro conjugal, continua sujeito à tendência de procurar outra pessoa? Em cada cinco americanos, um acha que a traição é moralmente aceitável ou que essa atitude nada tem a ver com moral. Alguns estudos lançam um paradoxo: são justamente as pessoas com mais integridade moral, em teoria, que tendem a trair mais.
E
qual seria o motivo? Psicólogos explicam que é justamente porque tais
pessoas tiram a traição conjugal da esfera da ética. Em alguns casos,
alguma condição ou atitude do parceiro traído seria justificativa
suficiente para isso. Fatores de gênero e poder também estão envolvidos
nessa balança, mas muitos aspectos sobre a traição continuam obscuros.
8 º ROUBO: Já não é algo novo na sociedade a existência dos cleptomaníacos, pessoas que teriam tendência natural ao roubo. Um estudo com 43 mil pessoas descobriu que 11% admitiram já ter roubado uma loja pelo menos uma vez. Mas se esta atitude nem sempre é motivada por necessidade, é preciso que algum fator emocional a explique: a adrenalina da ação, por exemplo.
Uma
pesquisa de 2009, conduzida pela Universidade de Minnesota, os
participantes foram ministrados ou com um placebo ou com doses de
naltrexona, um fármaco que reduz a compulsão por álcool e outros vícios,
como drogas e jogo. E o teste mostraria que a substância reduz também a
compulsão ao roubo, ou seja, ele também seria uma espécie de vício
nocivo instalado em nossas mentes.
Fatores
neurológicos à parte, também já foi registrado o ato de roubar no
mundo animal. Algumas espécies de macaco usam truques para chamar a
atenção dos rivais, tirá-los do lugar onde vivem e roubar a comida
deles durante a ausência.
9º VIOLÊNCIA: Será
que a violência só acontece quando existe um motivo? Ou o cérebro e
genes do ser humano são condicionados a uma busca natural por ela?
Muitos pesquisadores já acreditaram na segunda opção. Analisando a
pré-história, nossos ancestrais tinham hábitos como canibalismo, por
exemplo, mas pesquisas recentes indicam que eles eram mais pacifistas do
que o homem atual.
No
mundo animal também existe violência, quase sempre relacionada à luta
por comida, parceiros sexuais ou território. Os seres humanos, em maior
ou menor escala, apresentam essas mesmas características: estudos de
2008 mostram que existem áreas específicas no cérebro para esse fim.
Alguns
psicólogos acreditam, por essa razão, que o ser humano é uma das
espécies mais violentas do planeta: o mecanismo hormonal responsável por
isso é ativado muito facilmente. Mesmo que a situação violenta não
tenha uma relação aparente com o instinto de sobrevivência animal.
10º MENTIRA: Contar uma mentira não é tão fácil para quem não está acostumado: um estudo cronometrado concluiu que a mentira leva 30% a mais de tempo para ser falada do que a verdade. Outras pesquisas mensuram quantas vezes uma pessoa mente em um dia, um ano ou na vida inteira, por exemplo. Em uma destas investigações, feita por psicólogos da Universidade de Massachussets (EUA), 60% dos participantes foram flagrados mentindo pelo menos uma vez em uma conversa de dez minutos.
Mas
ainda não está clara a origem da tendência à mentira. A maior parte
dos psiquiatras a atribui a problemas de auto-estima: quanto mais
baixa, maiores as chances do uso da mentira para mascarar a situação.
Psicólogos de outra universidade americana, a Washington and Lee
(Lexington, Virginia), afirmam que a definição de mentira já é algo
impreciso. Para eles, a mentira depende de duas coisas: a pessoa que
conta deve acreditar que sua frase é falsa, e deve estar com intenções
claras de que o interlocutor a aceite como verdade. Se fugir desse
perfil, já não pode ser chamada de mentira.
Fonte LiveScience
Fonte: Cidadania Cristã
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