'PSD tem outras prioridades', diz Haddad sobre aliança em SP

O pré-candidato em São Paulo Fernando Haddad (PT), ao lado do presidente do diretório municipal do PT, Antonio Donato, e do presidente nacional da sigla, Rui Falcão (Foto: José Patrício / Agência Estado)
O pré-candidato em São Paulo Fernando Haddad
(PT), ao lado do presidente do diretório municipal
do PT, Antonio Donato, e do presidente nacional
da sigla, Rui Falcão (Foto: José Patrício / Agência
Estado)

Para petista, não há 'aproximação formal' entre PT e partido de Kassab.
Haddad afirmou que a partir de fevereiro visitará equipamentos públicos.

O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (28) que "não houve aproximação formal" entre o PT e o PSD, partido do prefeito da capital, Gilberto Kassab. Ainda segundo Haddad, "o PSD deixou claro que tem outras prioridades". Ele voltou a afirmar que o PT vai priorizar alianças com partidos da base aliada.
"Na nossa opinião não houve aproximação formal do PSD. Os presidentes do partido não foram procurados e o próprio PSD deixou claro que tem outras prioridades. A nossa é a busca de coligação com os partidos da base aliada", afirmou o pré-candidato ao término da primeira reunião oficial da coordenação de sua pré-campanha após Haddad deixar o Ministério da Educação, na última segunda (23). Foi a terceira reunião da coordenação desde que a pré-candidatura de Fernando Haddad foi anunciada.
Ele afirmou ainda que a "diretriz validada pelo conselho político consultivo é nesse momento intensificar o debate de composição de alianças ou para o primeiro ou para o segundo turno com os partidos da base". "Todos aqui consideraram que essa condução está correta", completou Haddad.
Participaram da reunião do conselho da pré-campanha, em um hotel da capital paulista, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o vereador Antonio Donato, presidente do diretório municipal do PT em São Paulo. O senador Eduardo Suplicy e o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira, também estavam presentes.
De acordo com Fernando Haddad, a intensificação dos debates com a base "deve ser responsável pela escolha do nome" do candidato a vice na chapa. "Pode ser por consenso, por maior bancada ou outro critério que eles nos apresentem."
"O que eu disse e não vou mudar é o seguinte: o sentimento do PT é um sentimento de mudança que é um sentimento que está sintonizado, na minha opinião, com o desejo da população. E nenhum gesto nosso, na direção de qualquer que seja o partido, vai rebaixar as nossas pretensões de apresentar um programa de governo que represente este sentimento."
Visitas a equipamentos públicos
O pré-candidato a prefeito afirmou também que fará uma "imersão in loco" para conhecer os equipamentos públicos da capital paulista. As visitas devem começar a partir do dia 24 de fevereiro pelo M´Boi Mirim e ocorrerão sempre as segundas e sextas-feiras.
"Quero conhecer os equipamentos públicos da cidade. Isso a legislação não impede." A campanha oficial para as eleições deste ano começa em julho.
Haddad afirmou que já pediu afastamento de seu cargo de professor na Universidade de São Paulo (USP) e que deve receber um salário do PT de São Paulo durante a campanha. "Eu estou disponível para o partido a partir de 1º de fevereiro."

Comentários