O
piloto Paulo Rodrigues, presidente do AeroClube do Pará, convocou uma
coletiva de imprensa para a manhã desta terça-feira (28). Rodrigues
prentende falar sobre os acidentes áereos que aconteceram nos últimos
dias e denunciar a possível falta de fiscalização da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) com relação às aeronaves do Pará. Só neste
começo de 2011 quatro aeronaves caíram no estado. A coletiva está
prevista para começar por volta das 10h.
Em uma entrevista ao Diário do Pará, na edição desta terça-feira, Rodrigues afirmou que falta fiscalização nos aeroportos de Belém. “É um absurdo, se for pensar na nossa região, que é imensa e que necessita do avião como meio de transporte para alcançar áreas a que muitas vezes não se tem acesso por terra. Se não tem fiscalização, você relaxa, aí começam a acontecer acidentes”, declarou.
Rodrigues aponta problemas também no controle da concessão de licenças para pilotos por parte da Anac. Como explica, para se capacitar como piloto é necessário um curso teórico de quatro meses, exigido para realizar a prova teórica da Anac. Após aprovado, o candidato se submete a 36 horas de voo em um avião e uma prova prática de pilotagem.
“Porém, o controle da Anac é frouxo. Para ser piloto, basta o camarada ter o 1º grau completo e estudar em casa. Não é exigido que faça o curso teórico em uma escola reconhecida pela Anac. Como o cadastro é eletrônico, depende da palavra do candidato apenas comprovar se o curso foi feito ou não”, avalia.
Neste manhã, outro bimotor caiu na Amazônia.
Desta vez, foi no Estado vizinho, Amazonas. O bimotor Caravan, com
prefixo PTPTB, da companhia CTA Claiton Táxi Aéreo, caiu logo depois de
decolar do Aeroclube de Manaus. O piloto morreu.
Em
entrevista ao DOL, Carlos Camacho, um dos principais especialistas em
segurança de vôo no Brasil e diretor do Sindicato Nacional dos
Aeronautas, disse que "é impossível a Anac garantir a segurança de quem precisa voar".
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