A população de Novo
Progresso, oeste do Pará, amanheceu neste domingo (26), com uma imagem
que causou uma sensação de surpresa e revolta em muitos, principalmente
naqueles que dependem diretamente da extração, beneficiamento e
comércio da madeira: um caminhão totalmente carbonizado, colocado estrategicamente em frente à Av. Jamanxim, entre a BR 163 e a Av. Orival Prazeres, no centro da cidade.
comércio da madeira: um caminhão totalmente carbonizado, colocado estrategicamente em frente à Av. Jamanxim, entre a BR 163 e a Av. Orival Prazeres, no centro da cidade.
Segundo informações de
um madeireiro, que não quis se identificar, com medo de sofrer
represálias, quarta feira (22), um helicóptero do IBAMA desceu na
Vicinal da Guisa, nas proximidades da comunidade de Riozinho das
Arraias, no município de Novo Progresso, e lá os agentes do IBAMA
encontraram um veículo marca Volkswagen VW 24.250, tipo Caminhão, placas
JZD3866, de propriedade do Sr. Isidro Setter, que se encontrava parado
em razão de uma pane mecânica, enquanto o seu motorista procurava
socorro no distrito de Moraes Almeida, no município de Itaituba.
De acordo com o
informante, testemunhas disseram que os agentes do IBAMA desceram do
helicóptero e, numa ação irresponsável e que demonstrava cena de
vandalismo, atearam fogo no caminhão, que dispõe de carroceria
apropriada para o transporte de toras de madeira, mas que no momento em
que foi incendiado, estava totalmente descarregado. Uma motocicleta que
estava no local também foi incendiada, juntamente com o caminhão.
Revoltado com o ato
praticado pelos agentes do IBAMA, e para provar que os mesmos estão
praticando atos de violência na região há muito tempo, uma vez que já
incendiaram outros veículos e casas de fazendeiros, inclusive agredindo
trabalhadores, o proprietário transportou o caminhão, juntamente com a
motocicleta, e os deixou expostos em plena via pública de Novo
Progresso, onde se podia algumas faixas com frases de um protesto
silencioso.
Era visível a revolta
estampada nos rostos das pessoas que passavam pelo local, viam aqueles
veículos incendiados, e tomavam conhecimento do que havia acontecido.
Agora, enquanto os
moradores do município de Novo Progresso aguardam que o governo federal
libere a documentação das terras, alguns esperando há mais de vinte
anos, fica uma pergunta: quem vai pagar o prejuízo ?
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