PF combate os maiores desmatadores da Floresta Amazônica; seis estão foragidos

A Polícia Federal do Pará faz buscas para localizar seis pessoas que teriam envolvimento com crimes ambientais na região sudeste do estado. Entre os suspeitos está o empresário Ezequiel Antônio Castanha, proprietário de um comércio em Novo Progresso. De acordo com o Ibama, ele tem multas que somam R$ 30 milhões e seria um dos articuladores do esquema criminoso que invadia e desmatava terras públicas em áreas de preservação. Castanha e os demais suspeitos tiveram mandado de prisão expedidos pela Justiça Federal de Itaituba, e são considerados foragidos.


Oito pessoas foram presas, sendo seis no Pará, uma em Mato Grosso e uma em São Paulo. lém das prisões, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas.

Os seis suspeitos presos no Pará foram levados para Belém, onde aguardam o término das investigações. De acordo com a Polícia Federal, uma mulher está custodiada no Centro de Recuperação Feminino, quatro suspeitos foram levados para o Centro de Recuperação do Coqueiro e o último dos detentos está preso no corpo de bombeiros - ele foi beneficiado com prisão especial por ser advogado. Os suspeitos presos no Mato Grosso e em São Paulo estão custodiados nos respectivos estados. 

A Operação Castanheira, deflagrada nesta quarta-feira (27), tem objetivo de desarticular organização criminosa especializada em grilagem de terras e crimes ambientais na cidade de Novo Progresso. Os envolvidos nas ações criminosas são considerados os maiores desmatadores da Floresta Amazônica brasileira. O dano ambiental causado por eles, estimado em perícias, ultrapassa R$ 500 milhões.

Participam da ação 96 policiais federais e 19 servidores do Ibama. Estão sendo cumpridos 40 mandados judiciais: 22 mandados de busca e apreensão; 11 mandados de prisão preventiva; 3 mandados de prisão temporária; e 4 mandados de condução coercitiva. Além de Novo Progresso/PA, diligências estão sendo realizadas também em cidades de São Paulo, Paraná e Mato Grosso. A operação é resultado de uma investigação conjunta da Polícia Federal, do IBAMA, da Receita Federal e do Ministério Público Federal.

Investigações apontaram que a quadrilha agia invadindo terras públicas (dentre elas, a Floresta Nacional do Jamanxim) e realizava desmatamentos e queimadas para formação de pastos. Posteriormente a área degradada era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas.

Os envolvidos, na medida de suas participações, serão indiciados pelos crimes de invasão de terras públicas, de furto, de crimes ambientais, de falsificação de documentos, de formação de quadrilha, de sonegação fiscal e de lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar os 50 anos de reclusão aos condenados.

Com informações da Polícia Federal e G1/PA

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