Há mais ou menos duas semanas,
inicialmente chegaram duas dragas escariantes para o garimpo dos Periquitos, no
local conhecido com Remanso dos Macacos, onde foi encontrado ouro no final do
segundo semestre do ano passado.
No referido local já se encontravam
cerca de vinte dragas pequenas, entre seis e oito polegadas, que continuaram
trabalhando depois que a fofoca passou.
As duas dragas escariantes, que
utilizam equipamento de dezesseis a dezoito polegadas, causaram um dano ao meio
ambiente em apenas dois dias, muito maior do que as dragas pequenas em muitas
semanas de trabalho.
Como se não bastasse, outras dragas
escariantes se juntaram às duas primeiras, havendo oito em ação no momento.
A secretaria municipal de meio
ambiente, de Itaituba, ao tomar conhecimento do fato, mandou fiscais para o
local, os quais autuaram os infratores, dando-lhes o prazo de cinco dias para saírem
de lá.
O Ibama, o Ministro Público Federal e
o Ministério Público Estadual foram informados pela SEMMA, que na condição de
ente fiscalizador mais próximo, fez o que estava ao seu alcance.
Sem condições para mandar paralisar
essa agressão ao meio ambiente, a SEMMA solicitou providências desses órgãos,
para que juntos façam o que tem que ser feito.
As dragas continuam sua ação
devastadora, podendo ser que aumente o número delas, o que é bastante provável,
ignorando as notificações.
De acordo como disse ao blog, o
secretário de meio ambiente de Itaituba, engenheiro ambiental e sanitarista
Hilário Vasconcelos, nenhuma ação de garimpo pode ser licenciada a menos de 500
metros da margem de rio.
É lamentável que haja tanta demora
para que órgãos ambientais e até o MP, que tem poderes para conter crimes
ambientais sejam tão lentos na tomada de decisões.
Enquanto isso, o teimoso rio Tapajós
morre mais um pouco, pois toneladas e toneladas de terra são revolvidas
diariamente, agora, muito próximo a Itaituba.
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