MORADORA CONFIRMA QUE PAGOU PARA GANHAR CASA NO RESIDENCIAL WIRLAND FREIRE


A Audiência Publica para discutir a distribuição de casas do Programa Minha Casa Minha Vida, no Residencial Wirland Freire, em Itaituba, foi realizada com varias denuncias. A audiência foi realizada no Plenário da Câmara Municipal de Itaituba, lotada, e contou com a presença do Gerente da Caixa Economia local, Jorge Santos; Procuradores do Município Naya Fonseca e José Ricardo Moraes da Silva, além de vereadores e de centenas de moradores inscritos no programa, mas que seus nomes não constam na relação divulgada pela Diretoria de Habitação do município.


A audiência foi convocada pelo vereador Wescley Aguiar, que está viajando, mas pediu para o vereador João Paulo Meister presidir. Fizeram parte da mesa os vereadores Antônio Lopes e Orismar Gomes, que são membros da comissão criada para investigar a distribuição das casas populares do residencial Wirland Freire. Tanto a prefeita Eliene Nunes, como a diretora de habitação, Maria de Fatima Santos da Rosa não estiveram presentes. Também, o MP-Ministério Publico, apesar de ser convidado, não compareceu e encaminhou oficio justificando sua ausência.


Primeiramente os moradores fizeram suas denuncias e perguntas aos membros da mesa. Foram unanimes em denunciar que dezenas de pessoas que não precisam de casa, já que possuem casa e bom emprego, estariam ganhando casas naquele residencial. Acusaram a diretoria de Habitação de favorecimento com a doação de casas para apadrinhados de pessoas do governo municipal.
O momento mais quente da audiência foi quando uma senhora Milla Taiane dos Nascimento denunciou que pagou R$ 500,00 para um funcionário do setor de habitação lhe incluir na lista de pessoas que vão ganhar casa. A denunciante, com papel do seu cadastro na mão, disse que pagou e seu nome foi incluido na lista, mas depois que viu tanta gente precisando resolveu a denunciar e devolver a casa. Ela disse que não precisa de casa, pois já tem casa e estuda faculdade.  Sobre a pressão de aliados da prefeita que se encontravam no plenário, a denunciante, muito nervosa, foi retirada do plenário da casa e levada para um gabinete. A denuncia foi registrada pela imprensa.
Na sequencia, o vereador Peninha, depois de ouvir tantas denuncias, usou a palavra e disse não ter mais duvida das irregularidades praticadas pela administração municipal na distribuição destas casas do residencial Wirland Freire. Disse Peninha, se a diretora de habitação, Fatima Rosa diz que mandou 4.000 nomes para a Caixa Econômica analisar e o gerente da Caixa, Jorge Santos diz que a prefeitura mandou apenas 1.300 nomes. Será que ainda há duvidas da existência de irregularidades na distribuição destas casas, perguntou o edil.
Peninha sugeriu ao Gerente da Caixa Econômica, Jorge Santos e aos procuradores do município, que suspendam a assinatura dos contratos com as pessoas agraciadas com estas casas, até o final das investigações. A assinatura dos contratos está prevista para os dias 16,17 e 18 deste mês e depois de feito o contrato, fica mais difícil desfazer, por isso é bom ser adiado até  a conclusão das investigações, para vermos quem realmente se enquadra no programa e merece ganhar ganha neste residencial, disse Peninha.
O vereador Toninho Piloto, que foi muito vaiado, por tentar culpar o governo passado pelas irregularidades, chegou a pedir para que a Policia Federal venha a Itaituba investigar a distribuição das casas.


O vereador Orismar Gomes foi de acordo com Peninha e também pediu o adiamento da assinatura dos contratos. O presidente da audiência vereador João Paulo também concordou com a proposta, que foi aprovada pelos moradores presentes a audiência. No final da reunião ficou decidido que a Câmara vai elaborar documento e encaminhar a Caixa Econômica, ao município e ao Ministério Publico pedindo a suspensão da assinatura dos contratos prevista para os dias 16,17 e 18 próximo.

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