Reproduzido pro; Jota Parente e Neemias Cordeiro.
A indignação das
pessoas através das redes sociais, motivada pela liberação dos traficantes
presos na operação policial militar na semana passada é plenamente
compreensível. Afinal, o trafico de drogas está no topo da pirâmide da
criminalidade, porque é o trafico que alimenta a pratica de vários de outros
delitos como os furtos, roubos e até latrocínios.
Esses crimes são
praticados, na maioria das vezes, por pessoas viciadas no uso de drogas. E são
esses crimes que tem tirado o sossego da grande maioria da população
itaitubense.
A quantidade de
furtos e roubos é tão grande que nem a polícia tem dados precisos sobre essa
estatística, porque muitas vítimas preferem não registrar a ocorrência.
O vicio das drogas
também provoca danos devastadores na sociedade, pois destrói famílias, acaba
com a dignidade da pessoa e ainda onera o sistema público de saúde. Então,
porque que o juiz liberou os traficantes presos em flagrantes?
Ocorre que a
legislação penal brasileira prevê, mesmo para o crime de tráfico, a
substituição da pena de prisão, pela restrição de direitos. Essa é a nossa lei!
A questão nesse caso
é saber se essas medidas realmente vão ser cumpridas, que mecanismos a justiça
dispõe para fazer o acompanhamento desses apenados para evitar que eles não
continuem na prática desse mesmo crime.
Essa preocupação é
natural porque mesmo quando estão presos, os traficantes continuam comandando a
venda de drogas de dentro da prisão. E essa constatação faz aumentar a dúvida
sobre a eficácia desse tipo de medida.
Considerando o momento de completa
vulnerabilidade social, econômica e política que estamos vivendo, o que a
população espera do judiciário é que ele não seja apenas um mero cumpridor da
lei, mas que fundamentalmente baseie suas decisões no sentido de resguardar os
direitos da sociedade.
Nesse contexto, a
liberação dos presos acusados de tráfico de drogas vai na direção contrária de
todo o apelo feito pela população, que cada vez mais vem se sentindo refém da
criminalidade.
Weliton Lima,
jornalista
Comentário veiculado no
Focalizando desta quinta-feira, 12/11/2015
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