Após empossar ministro, ele falou pela 1ª vez
como presidente em exercício.
Peemedebista disse ainda que há urgência em 'pacificar e unificar' o país.
Filipe Matoso, Fernanda Calgaro e Alexandro MartelloDo G1, em
Brasília
O presidente em exercício Michel Temer afirmou
nesta quinta-feira (12), em seu primeiro pronunciamento como substituto de
Dilma Rousseff no comando do Palácio do Planalto, que irá manter os programas
sociais da gestão petista, como Bolsa Família, Pronatec e Minha Casa, Minha
Vida.
"Reafirmo, e faço em letras garrafais, vamos
manter os programas sociais. O Bolsa Família, o Pronatec, o Fies, o Prouni, o
Minha Casa, Minha Vida, entre outros, são projetos que deram certo e terão sua
gestão aprimorada. Aliás, mais do que nunca, precisamos acabar com um hábito no
Brasil em que, assumindo outrem o governo, você destrói o que foi feito. Ao
contrário, você tem que prestigiar aquilo que deu certo, complementá-los,
aprimorá-los", discursou Temer.
Temer também afirmou que, além de melhorar o
ambiente de negócios no país para o setor privado, para produzir e gerar
emprego, é necessário restaurar as contas públicas.
Segundo ele, o corte de ministérios já feito em seu
governo é parte das medidas de reequilíbrio fiscal. “A primeira medida nessa
linha está, ainda que modestamente, aqui apresentada. Já eliminamos vários
ministérios da máquina publica e ao mesmo tempo nós nao vamos parar por aí”,
afirmou, sem detalhar se outras pastas serão cortadas."
“De imediato, precisamos também restaurar o
equilíbrio das contas públicas, trazendo a evolução do envidividamento do setor
público de volta ao patamar de sustentabilidade. Quanto mais cedo formos
capazes de reequelibrar as contas públcaas, mais rápido consehuiremos retomar o
crescimento”, declarou.
Em seu discurso, Michel Temer afirmou que não
falaria em crise, mas que trabalharia para superá-la. “Vamos trabalhar. O nosso
lema, que não é de hoje, é ordem e progresso. A expressão da nossa bandeira não
poderia ser mais atual com se hoje tivesse sido redigida”, disse o
peemedebista.
Temer assumiu interinamente a Presidência na manhã
desta quinta, após o Senado aprovar, por 55 votos a favor e 22 contra, a
instauração de seu processo de impeachment. Logo depois de a petista ser
intimada sobre o afastamento, o vice-presidente foi notificado da decisão dos
senadores.
O presidente em exercício disse que muitas, das
“bases do futuro” para o país, há proposta já em tramitação no Congresso
Nacional, e que “reformas fundamentais” serão fruto de desdobramento “ao longo
do tempo”. “Uma delas é a revisão do pacto federativo. Estados e municípios
precisam ganhar autonomia verdadeira, sob a égide de uma federação real, e não
uma federação artificial como vemos atualmente”, observou.
Segundo Temer, matérias consideradas
“controvertidas”, como as reformas trabalhista e previdenciária, serão levadas
adiante com o objetivo de “pagamento das aposentadorias e geração de emprego”,
com garantia de “sustentabilidade. Ele destacou que quer uma base parlamentar
sólida, que permita conversar
O presidente em exercício também disse em seu
discurso que, atualmente, há urgência em "pacificar a nação" e
"unificar o Brasil".
Posse dos ministros
Em solenidade na tarde desta quinta no Palácio do Planalto, Temer deu posse a 22 ministros de seu primeiro escalão. Entre os novos integrantes do primeiro escalão estão Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e José Serra (Relações Exteriores).
Em solenidade na tarde desta quinta no Palácio do Planalto, Temer deu posse a 22 ministros de seu primeiro escalão. Entre os novos integrantes do primeiro escalão estão Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e José Serra (Relações Exteriores).
Segundo a assessoria de Temer, após concluir o ato
de posse dos novos ministros do governo, o presidente em exercício fará um
pronunciamento à imprensa, mas não responderá a perguntas de jornalistas. No
início da noite, o peemedebista irá à cerimônia de posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Gilmar Mendes.
Ao longo de toda a manhã, Temer permaneceu no
Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-presidência, acompanhado de
aliados e conselheiros políticos. A mulher de Temer, Marcela, e o filho deles,
Michel, desembarcaram na tarde desta quarta (11)
em Brasília, enquanto o Senado ainda discutia o pedido de impeachment de Dilma.
Enquanto Temer recebia aliados no Jaburu, pela
manhã, a presidente afastada Dilma Rousseff também fez um pronunciamento no
Planalto, logo após ter sido intimada pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO)
sobre a decisão do Congresso Nacional. Dilma voltou a dizer que o impeachment é
"golpe" e que o afastamento dela é "a maior das brutalidades".
Em seguida, Dilma fez um discurso no pé da rampa do Planalto, a um grupo de
integrantes de movimentos sociais que decidiram apoiá-la. O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a acompanhou.
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