O ministro da Transparência, Fiscalização e
Controle, Fabiano Silveira, permanecerá "por enquanto" no cargo, apesar da divulgação de
gravações de conversas em que ele faz críticas àOperação Lava Jato e dá orientações para a defesa de
investigados pelo desvio de recursos da Petrobras. A informação foi confirmada
por assessores do Palácio do Planalto.
De acordo com a assessoria, o caso foi uma das pautas da reunião desta
segunda-feira, 30, entre o presidente interino Michel Temer e o chefe da Casa
Civil, ministro Eliseu Padilha. Feitas por pelo ex-presidente da Transpetro
Sérgio Machado em fevereiro, durante encontro na casa do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), as gravações foram reveladas no domingo no programa
Fantástico, da TV Globo.
Na manhã desta segunda, servidores da antiga
Controladoria-Geral da União (CGU) fizeram protestos na sede do órgão em
Brasília. Eles impediram a entrada do ministro no prédio e, com vassouras e
esfregões, fizeram uma "faxina" na fachada do prédio. Em nota,
sindicato dos servidores cobram saída imediata de Fabiano Silveira do cargo.
Conselhos a Renan
Funcionário de carreira do Senado, Silveira
participou da reunião entre Machado e Renan quando ainda era integrante do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cargo para o qual teria sido indicado pelo
senador. A conversa ocorreu antes de Silveira assumir o comando da pasta criada
pelo presidente interino Michel Temer para substituir a extinta
Controladoria-Geral da União (CGU), órgão que era responsável pela investigação
e combate à corrupção no governo.
Por meio de nota, Silveira negou que tenha feito qualquer intervenção a favor de terceiros. Ele confirmou ter comparecido “de passagem” à residência do presidente do Senado, sem saber da presença de Sérgio Machado, com quem não tem nenhuma relação pessoal ou profissional.
Por meio de nota, Silveira negou que tenha feito qualquer intervenção a favor de terceiros. Ele confirmou ter comparecido “de passagem” à residência do presidente do Senado, sem saber da presença de Sérgio Machado, com quem não tem nenhuma relação pessoal ou profissional.
No Ceará
Ex-membro do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), Fabiano Silveira determinou, em dezembro de 2015, o retorno ao
Judiciário do Ceará do juiz Francisco das Chagas Barreto. Acusado de conceder
liminares irregulares para candidatos de concursos públicos da PM do Ceará e
para instalação de postos de combustível, ele havia sido aposentado pelo TJ
meses antes.
Comentários