A morte de Juma, a onça que participou de uma
cerimônia com a tocha olímpica em Manaus na segunda-feira, revela o drama de
uma espécie ameaçada de extinção e gera questionamentos sobre a manutenção de
animais selvagens em centros do Exército na Amazônia.
A onça Juma foi abatida com um tiro de pistola no
Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) logo após ser exibida no evento
olímpico. Como outra onça, apelidada de Simba, ela havia sido acorrentada e
apresentada ao público durante a cerimônia. O Exército mantém várias onças em
cativeiro na Amazônia. Os felinos ─ bem como animais de outras espécies ─
costumam ser adotados pelo órgão ao serem encontrados em cativeiro ou em poder
de caçadores. Muitas onças, como Juma, se tornam mascotes dos batalhões e passam
por sessões de treinamento. Em Manaus, os felinos são presença frequente em
desfiles militares, prática condenada por biólogos e veterinários.
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