O Conselho de
Administração do Banco do Brasil aprovou neste domingo (20) um
conjunto de medidas de reorganização institucional, que será implementado ao
longo do próximo ano, que prevê o fechamento de agências e um plano de
extraordinário de aposentadoria incentivada, disse o banco estatal em fato
relevante.
Após a reorganização da
rede de atendimento, 379 agências serão transformadas em postos de atendimento
e 402 serão desativadas, disse o banco, acrescentando que as mudanças não vão
comprometer a presença da instituição nos municípios em que atua.
"A economia anual com
despesas administrativas, exceto pessoal, é estimada em 750 milhões de reais,
sendo 450 milhões de reais decorrentes da nova estrutura organizacional e R$
300 milhões da redução de gastos com transporte de valores, segurança, locação
e condomínios, manutenção de imóveis, entre outras", disse o banco.
Aposentadoria incentivada
Também foi aprovado um
plano de aposentadoria incentivada, com período de adesão voluntária até 9 de
dezembro, que tem como público alvo 18 mil funcionários que já reúnem as
condições para se aposentar. O BB disse que vai divulgar o impacto financeiro
do plano de aposentadoria incentivada após o período de adesão.
Para incentivar a adesão,
o banco vai oferecer valor correspondente a 12 salários, além de indenização
por tempo de serviço, que varia de 1 a 3 salários, dependendo do tempo de
empresa. O período de adesão ao plano vai até 9 de dezembro. Depois disso, o
banco vai divulgar o impacto financeiro do plano.
O BB também vai oferecer
redução de jornada de 8 para 6 horas diárias a 6 mil assessores da direção
geral e superintendências, com objetivo de diminuir em 16,25 por cento o
salário médio.
Simultaneamente ao
processo de redução de agências, o banco pretende abrir 255 unidades de
atendimento digital em 2017. Com isso, o banco espera elevar dos atuais 1,3
milhão para 4 milhões o número de clientes atendidos por esse canal até o fim
do ano que vem.
"As medidas
anunciadas não impactam as projeções (Guidance) divulgadas para 2016",
disse o Banco do Brasil.
Rentabilidade
Como resultado da
malsucedida campanha do governo federal de usar os bancos públicos para ampliar
a oferta de crédito na tentativa de reanimar a economia, o BB tem agora
enfrentado perdas crescentes com calotes.
A rentabilidade do BB
sobre o patrimônio, que mede como os bancos remuneram o capital do acionista,
foi de 9,6% no terceiro trimestre, queda de 4,6 pontos percentuais sobre mesma
etapa do ano passado. Assim, o BB piorou pela segunda vez no ano a previsão de
rentabilidade em 2016, de 9 a 12% para 8 a 10%.
Para comparação, o índice
do Bradesco no terceiro trimestre foi de 17,6%, enquanto o do Itaú Unibanco
chegou a 19,9%.
"Não estamos
satisfeitos com a rentabilidade que temos hoje", disse dias atrás o
diretor financeiro e de relações com investidores do banco, Maurício Coelho, ao
comentar os resultados do terceiro trimestre. “Nossa meta é nos aproximarmos de
índices de rentabilidade mais próximos aos de nosso rivais privados"
Fonte: G1
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