Minas Gerais ainda é estado mais afetado e informou
100 mortes suspeitas ao órgão; destas, 58 ainda estão sob investigação.
O mosquito Haemagogus leucocelaneaus,
exclusivo de matas e ambientes silvestres, é vetor de febre amarela silvestre
(Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz )
O Ministério da
Saúde informou nesta segunda-feira (30) que o Brasil tem 568 casos suspeitos de
febre amarela. Deste total, 107 foram confirmados, 430 ainda estão sob
investigação e 31 foram descartados. Minas Gerais ainda é o estado com o maior
número de registros: 509 pessoas com os sintomas.
O país tem 80
municípios com notificações da doença, sendo que 55 estão em território
mineiro. Espírito Santo é o segundo estado mais afetado, com 37 casos suspeitos
e 5 confirmações. A primeira morte foi
confirmada nesta segunda e morava na cidade de Ibatiba.
A Bahia tem
sete registros, sendo que seis deles ainda estão sob análise para uma
confirmação - um dos casos já foi descartado. O estado não apresentou nenhuma
morte pela doença.
Em São Paulo,
de acordo com o Ministério da Saúde, são três morte confirmadas - a Secretaria de
Estado da Saúde já informou três novas vítimas da doença, além
das informadas pelo órgão federal. Já no Distrito Federal e em Goiás todos os
casos foram descartados.
Caso em
Mato Grosso do Sul
Um caso
informado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina foi inicialmente
notificado como uma pessoa que teria sido
infectada em Mato Grosso do Sul durante uma viagem e
voltado ao estado da região Sul. Nesta segunda, entretanto, o Ministério da
Saúde disse que está reavaliando o local de provável infecção pelo vírus.
Vacinação
Moradores ou
pessoas que pretendem visitar regiões silvestres, rurais ou de mata devem se
vacinar no Sistema Único de Saúde (SUS). A transmissão da doença, que ocorre
pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabathes nessas regiões, é possível em
grande parte do território brasileiro. O Aedes aegypti também é transmissor da
febre amarela, mas apenas em área urbana.
Vale lembrar
que, em situações de emergência, a vacina pode ser administrada já a partir dos
6 meses. O indicado, no entanto, é que bebês de 9 meses sejam vacinados pela
primeira vez. Depois, recebam um segundo reforço aos 4 anos de idade. A vacina
tem 95% de eficiência e demora cerca de 10 dias para garantir a imunização já
após a primeira aplicação.
Pessoas com
mais de 5 anos de idade devem se vacinar e receber a segunda dose após 10 anos.
Idosos precisam ir ao médico para avaliar os riscos de receber a imunização.
Por causar
reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a
vacina para pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa
imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e
ovo.
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