Disputa provoca um racha na base aliada, porque
candidatos apoiam Temer.
Palácio do Planalto apoia, ainda que extraoficialmente, Rodrigo Maia.
Palácio do Planalto apoia, ainda que extraoficialmente, Rodrigo Maia.
A temperatura começa
quente essa semana no Congresso.
Tem eleição para presidente da Câmara e do Senado. A disputa está
provocando um racha na base aliada.
Tem candidatos de
diferentes partidos, mas com um ponto em comum: apoiam o governo Temer. O
Palácio do Planalto apoia, ainda que extraoficialmente, Rodrigo Maia.
Daí o mal-estar.
E, além da disputa pelas
presidências da Câmara e
do Senado, os partidos vão brigar por cargos. São dez cargos apenas na Mesa
Diretora da Câmara.
Que tal um lugar na
história? Ser presidente da Câmara proporciona muito mais que um quadro na
parede. Um gabinete gigante, poder, funcionários à disposição, casa, segurança,
carro.
Parece um assunto distante
da vida do brasileiro, mas o eleito é também quem assume o país na ausência do
presidente Temer.
Rodrigo Maia, do
Democratas do Rio de Janeiro, é o atual presidente. Foi eleito para um mandato
tampão, de 7 meses, depois da renúncia de Eduardo Cunha. E quer se
manter no cargo. Questionamentos jurídicos e dentro da Câmara foram feitos,
porque no regimento não está prevista reeleição.
Os planos do governo era
ter só a candidatura dele, mas aí, no meio do caminho, apareceram dois aliados.
Rogerio Rosso, do PSD do Distrito Federal, que suspendeu a dele aguardando uma
reviravolta jurídica. E Jovair
Arantes, do PTB de
Goiás.
Da oposição tem Andre
Figueiredo, do PDT do Ceará, que também lançou candidatura. E até a véspera da
eleição podem aparecer novos nomes.
É difícil mesmo de
imaginar: o Congresso vazio, sem cartaz, sem santinho de candidato, sem cabo
eleitoral. Mas está todo mundo em campanha.
Os deputados saíram de
férias, e os candidatos saíram atrás dos votos. Só o presidente da Câmara, por
exemplo, já foi a 16 estados para buscar apoio.
Quem ficar com a principal
cadeira vai ter também o poder de escolher a pauta de votações. A eleição está
marcada para quinta (2). A escolha é feita pelos deputados, que elegem também
outros 10 cargos para direção da Casa.
Tem 2 vice-presidentes,
ainda primeiro, segundo, terceiro e quarto secretários. Cada um cuida de uma
coisa, como imóveis funcionais, passaportes e viagens de deputados. Os eleitos
terão um mandato de 2 anos.
No Senado também tem
eleição. O acordo é para que seja eleito presidente o atual líder do PMDB, Eunício
Oliveira. O partido tem a maior bancada.
O PT deu sinais de que
desistiu de apoiar algum candidato ligado a Temer. Diante da pressão de
petistas, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que a
ideia é apoiar partidos de esquerda para a presidência da Câmara.
E nesta segunda-feira (30)
deputados começam a chegar a Brasília. Vários partidos marcaram reuniões para
discutir quem vão apoiar.
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