Desde a madrugada, vereadores, senadores e filiados ao PT e à CUT se
dirigiram ao Sírio-Libanês para levar solidariedade à ex-primeira-dama e a Lula
A piora no estado de
saúde da ex-primeira-dama Marisa
Letícia Lula da Silva tem levado aliados e amigos do
ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva ao
Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ela está internada desde o dia 24 em
razão de um acidente vascular cerebral (AVC) decorrente de um pico de pressão.
Boletim médico divulgado nesta quinta-feira informa que ela não tem fluxo cerebral e que a família já autorizou os
procedimentos preparatórios para a doação de órgãos.
Ao
longo da noite de quarta-feira e madrugada de quinta, quando o estado dela era
“gravíssimo”, estavam no hospital o presidente do Instituto Lula, Paulo
Okamotto, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho (PT), o candidato
derrotado à mesma prefeitura em 2016, Tarcísio Secoli (PT), o ex-ministro da
Saúde Alexandre Padilha e o ex-deputado federal Professor Luizinho (PT).
Todos começaram a
deixar o hospital quando o estado dela passou a ser considerado “irreversível”,
segundo o médico Roberto Khalil Filho, que coordena a equipe médica que cuida
da ex-primeira-dama. Sobraram os filhos, as noras e o ex-presidente na
sala da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde Marisa era mantida viva com a
ajuda de aparelhos. Todos os conhecidos saíram desolados, com apelos pela
providência divina.
“Agora
ela está nas mãos de Deus”, disse Okamotto, na saída do hospital, por volta da
1 hora. Um pouco antes, Marinho se retirou dizendo que hoje “era um dia
difícil”. “É um momento difícil. Mas temos que orar e entregar a Deus. O
presidente Lula tem esperança, tem fé”, afirmou.
Do
lado de fora do hospital, dezenas de jornalistas se concentraram na entrada
desde a madrugada à espera de notícias. Uma TV ligada no pronto-socorro, que
permaneceu a madrugada inteira praticamente vazio, transmitia as passagens ao
vivo dos repórteres dando relatos sobre a situação de Marisa.
De
manhã, o vereador e ex-presidente da Câmara de São Paulo Antonio Donato (PT) foi
o primeiro a chegar ao Sírio-Libanês para prestar solidariedade. Colega de
Donato na Câmara, o vereador Eduardo Suplicy (PT) também se solidarizou com a
família do ex-presidente, referindo-se a Marisa como “uma companheira desde as
horas mais alegres às mais difíceis para que Lula tivesse essa força e energia
formidáveis”.
Depois de Donato e Suplicy, chegaram juntos
ao hospital os senadores petistas Lindbergh Farias (RJ), Gleisi Hoffmann (PR),
Fátima Bezerra (RN) e Humberto Costa (PE) – nenhum deputado federal apareceu
porque ocorre nesta quinta-feira a eleição para a presidência da Câmara. Os
quatro senadores não falaram com os jornalistas, assim como o ex-ministro das
Relações Exteriores no governo Lula, Celso Amorim, que entrou falando ao telefone.
Desde
o meio-dia, pouco após a noticia de que a família de Lula da Silva havia
autorizado os trâmites para transplante de órgãos, cerca de 30 militantes do PT
e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ocuparam parte do saguão do
hospital.
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