Classe Produtiva x Ambientalistas: as OGNs ditam as regras na Amazônia

O discurso dos ambientalistas falou mais alto e o governo federal mais uma vez cedeu à pressão das organizações não governamentais e está negaceando o cumprimento do acordo firmado com parlamentares de encaminhar ao congresso, um projeto de lei para regulamentar as áreas protegidas ambientalmente nesta região, discutidas na Medida Provisória 756.
A manobra do governo em protelar o envio do projeto de lei para o congresso, acaba com o resultado das negociações obtido em meses de idas e vindas à Brasília, e a luta das lideranças políticas e empresariais foi por água a baixo.
Agora, o jeito é recomeçar tudo da estaca zero. Novas manifestações já estão sendo anunciadas ao longo de toda a BR 163, para pressionar pelo cumprimento da promessa.
Nessa luta entre as classes produtivas e os ambientalistas, o que fica cada vez mais escancarada é a interferência das Ongs estrangeiras na Amazônia.
Em nome da pesquisa científica, os gringos tem livre acesso às áreas de florestas protegidas e conhecem muito melhor a biodiversidade do Parque Nacional da Amazônia do que a população de Itaituba que vive na margem do Parque.
A interferência das Ongs avança de tal forma, que nós nativos da Amazônia, em breve seremos impedidos de transitar livremente por determinados lugares em nossa própria região, assim como foi na Vila de Fordlândia durante a ocupação dos norte-americanos.
Preservar rios e florestas é uma questão de sobrevivência, mas ninguém pode ser criminalizado por querer trabalhar e produzir para desenvolver a região e o país.
As Ongs, como diz o ex-deputado federal Aldo Rebelo, são instituições profissionais com corpo diretivo remunerado às custas de doações, inclusive do governo brasileiro e, em nome da preservação ambiental se sentem cada vez mais à vontade para dizer o que devemos ou não fazer.
Felizmente, alguns políticos estão atentando para essa situação e começam a questionar o papel dessas organizações que ditam as regras da política ambiental no Brasil, enquanto nós, população amazônica, devemos fazer coro a essa iniciativa política, e assim evitar que futuramente nos tornemos intrusos dentro da nossa própria casa.
Jornalista Weliton Lima

Comentário do Focalizando (TV Tapajoara), em 29.06.2017

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