Sousa/Divulgação
Uma embarcação com 70
passageiros naufragou, na noite de terça-feira (22), em uma área denominada
Ponte Grande do Xingu, localizada entre os municípios Governador José Porfírio
e Porto de Moz, deixando dez mortos e mais de 40 desaparecidos.
De acordo com a Secretaria
de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), entre as vítimas fatais
estão seis mulheres, duas crianças e dois homens.
O navio "Capitão
Ribeiro" saiu de Santarém e seguia viagem para Vitória do Xingu;
haveriam paradas nos município de Monte Alegre e Prainha.
O Corpo de Bombeiros
Militar informou que, na manhã desta quarta-feira (23), 25 pessoas foram
resgatadas com vida e cerca de 40 passageiros continuam desaparecidos. A
principal suspeita é de que uma tempestade tenha provocado o naufrágio.
Tampa de isopor foi
utilizada por um sobrevivente para chegar até à magem do rio. Foto: Ulisses
Sousa/Divulgação
Equipes da Capitania dos
Portos seguiram para o local para fazer buscas pelos desaparecidos. Também
trabalham no resgate do naufrágio as Defesas Civis Municipais de Belém,
Governador José Porfirio e Vitória do Xingú.
Populares no
porto de Vitória de Xingu buscam informações sobre o naufrágio. Foto: via
Whatsapp
A Secretaria de Estado de
Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informou que iniciou a
instalação de uma sala de situação na Câmara dos Vereadores do município de
Porto de Moz. Os corpos das vítimas foram levados pelo Corpo de Bombeiros para
o hospital de Porto de Moz.
Familiares das
vítimas foram ao Hospital de Porto de Moz para ter mais informações. Foto:
Ulisses Sousa/Divulgação
O Corpo de Bombeiros
montou uma operação com o auxílio de mergulhadores para localizar as vítimas.
Já a Polícia Civil vai abrir uma investigação para apurar as circunstâncias do
naufrágio.
Embarcação clandestina
Na tarde desta
quarta-feira (23), a Agência Estadual de Regulação e
Controle de Serviços Públicos (Arcon-PA) afirmou que a
embarcação - pertencente à empresa Almeida e Ribeiro Navegação Ltda. - “não estava legalizada para fazer o
transporte de passageiros , por não se
encontrar registrada na Arcon-PA, portanto a
embarcação estava realizando o transporte clandestino de
usuários”.
Outro acidente
O acidente com a embarcação acontece 20 dias após outro
naufrágio no Pará, que aconteceu no rio Amazonas, com nove
desaparecidos. O caso foi considerado até então, o maior acidente em número de
desaparecidos ou mortos desde 1981.
O naufrágio ocorreu no dia
2 de agosto, após uma colisão de um navio cargueiro e um comboio de nove balsas
entre as cidades de Óbidos e Oriximiná, na região oeste do Pará. Os corpos das
vítimas ainda não foram resgatados do rio.
(DOL)
Comentários