O vice-embaixador da
Coreia do Norte, Kim In Ryong, disse que "uma guerra nuclear pode
irromper a qualquer momento", durante um discurso a um comitê da
Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta segunda-feira
(16).
— A situação na Península
Coreana, onde a atenção do mundo todo está concentrada, chegou ao ponto do tudo
ou nada, e uma guerra nuclear pode irromper a qualquer momento. Contanto que
ninguém participe das ações militares dos EUA contra a RPDC [República Popular
Democrática da Coreia, nome oficial do país], não temos intenção de usar ou
ameaçar usar armas nucleares contra nenhum outro país.
A tensão aumentou na
região após uma série de testes de armas da Coreia do Norte e uma sequência de
pronunciamentos cada vez mais beligerantes do presidente dos EUA, Donald Trump,
e do líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Panfletos aparentemente da
Coreia do Norte chamando Trump de "cachorro louco" e retratando
imagens grotescas do norte-americano surgiram no centro de Seul, acrescentando
um elemento anormalmente pessoal à propaganda norte-coreana.
Apesar disso, os EUA não
descartam a possibilidade eventual de conversas diretas com a Coreia do Norte,
disse o vice-secretário de Estado norte-americano, John J. Sullivan, nesta
terça-feira (17).
— Eventualmente, não
descartamos, claro, a possibilidade de conversas diretas. Nosso foco está na
diplomacia para resolver este problema apresentado pela RPDC. Devemos, porém,
com nossos aliados, Japão e Coreia do Sul e outros, estar preparados para o
pior, caso a diplomacia fracasse.
As conversas entre os dois
adversários vêm sendo estimuladas especialmente pela China, mas Washington e
seu aliado Japão vêm relutando em se sentar à mesa de negociação enquanto
Pyongyang continuar em busca do objetivo de desenvolver um míssil com uma ogiva
nuclear capaz de atingir o território continental norte-americano.
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