38
trabalhadores foram resgatadas pelo ministério público do trabalho em área da
floresta Nacional do Amana, onde funciona um garimpo.
O
Repórter Brasil, da UOL, produziu uma matéria mostrando detalhes de uma grande
operação do ministério público do trabalho e ICMBio, em uma região garimpeira
de Itaituba, onde houve o resgate de cerca de 38 trabalhadores que, segundo a
reportagem, trabalhavam em situação de escravidão, com práticas abusivas de
comércio que tornavam quase impossível o lucro dos garimpeiros no local.
LEIA O RESUMO
A
operação que resgatou as 38 pessoas entre homens e mulheres, aconteceu no
último dia 16 de agosto. Os trabalhadores foram resgatados pelo grupo de
fiscalização móvel do Ministério do Trabalho, os fiscais consideraram que os 30
garimpeiros e 8 cozinheiras viviam em situação análoga à de escravos.
Além de patroa Raimunda
Oliveira Nunes, de 59 anos, também era o banco e o comércio do local, era ela
quem guardava o pagamento dos funcionários. A dona do garimpo usava de 3 a 7%
do Ouro que extraiam como crédito para pagar as despesas no garimpo e todo o
controle era mantido por ela em um famoso caderno que fica na sede e que somente
ela tinha acesso.
Raimunda
criou uma série de regras atípicas, até para os garimpeiros mais antigos do
garimpo, fazendo com que os trabalhadores gastasse quase tudo dentro do seu
garimpo. Entre as regas estava: proibido manter relação sexual, proibido levar
comida de Fora, pois tudo tinha que ser comprado apenas na sua Cantina, era
proibido namorar, pois as relações eram intermediadas mediante o pagamento de
programas, o suo da internet e do radio somente mediante pagamento.
A operação que resgatou as
38 pessoas entre homens e mulheres, aconteceu no último dia 16 de agosto. Os
trabalhadores foram resgatados pelo grupo de fiscalização móvel do Ministério
do Trabalho, os fiscais consideraram que os 30 garimpeiros e 8 cozinheiras
viviam em situação análoga à de escravos.
Os preços praticados nas
vendas de Raimunda eram exorbitantes, iam de 5 à 10 vezes mais que o valores da
cidade. Exemplo: uma caixa de cerveja custava cerca de R$ 200,00, falar no
rádio com a família 400,00, litro de cachaça 100,00, uma bota 250,00.
Como o garimpo estava
dentro da floresta Nacional do Amana, ação foi em parceria com ICMBio que
interditou as frentes de extração mineral. Participaram também o Ministério
Público do Trabalho a Defensoria Pública da União o Ministério Público Federal
e a polícia militar.
Fonte: UOL
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