O
advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz do Tribunal de Contas da
União (TCU), é alvo da Operação Registro Espúrio, deflagrada nesta terça-feira
(18/9) pela Polícia Federal (PF).
A
operação, que foi autorizada pelo ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal
Federal (STF), apura desvio de dinheiro da Conta Especial Emprego e Salário
(CEES).
A
polícia faz buscas no apartamento e no escritório de Tiago. O sócio dele Bruno
de Carvalho Caliano é alvo de mandado de prisão temporária. Marcelo de Lima
Cavalcanti, chefe de gabinete do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o
Paulinho da Força (SD-SP), também é alvo de mandado de busca e prisão
temporária.
Cedraz
já foi citado também algumas vezes na Lava-Jato e chegou a ser alvo de condução
coercitiva na 45ª fase da operação, a Abate II, por suspeita de recebimento de
propinas de contrato da empresa norte-americana Sargeant Marine com a
Petrobrás.
O
advogado também foi citado em depoimento de delação premiada do dono da UTC
Participações, Ricardo Pessoa. Conforme o empresário, Tiago receberia
pagamentos de R$ 50 mil mensais para repassar à empreiteira informações do TCU
que envolvessem seus interesses.
Tiago
Cedraz também teria sido contratado pela UTC para atuar num caso sobre a Usina
de Angra 3, que discutia licitação para obras de R$ 2 bilhões. Por esse caso, o
escritório dele teria negociado pagamento de R$ 1 milhão.
4ª fase
Ao todo, são 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão temporária, em Brasília, Goiânia, Anápolis (GO), São Paulo e Londrina (PR). Os acusados vão responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documentos públicos e lavagem de dinheiro.
4ª fase
Ao todo, são 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão temporária, em Brasília, Goiânia, Anápolis (GO), São Paulo e Londrina (PR). Os acusados vão responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documentos públicos e lavagem de dinheiro.
A
PF descobriu que os pedidos de restituição das contribuições sindicais eram
manipulados pelo grupo “com o intuito de adquirir direitos a créditos”. Os
desvios também foram confirmados em apurações da Controladoria-Geral da União
(CGU).
Após
serem retirados da CEES, esses valores eram enviados para as contas bancárias
das entidades e um porcentual era destinado para os servidores públicos e
advogados integrantes do esquema.
Histórico
A
Registro Espúrio teve sua primeira fase deflagrada no dia 30 de maio para
investigar suposta organização criminosa formada por políticos, lobistas,
dirigentes de sindicatos e funcionários públicos que atuavam na negociação para
liberar registro sindical pelo ministério.
A
operação teve outras duas fases. Na segunda, a PF realizou busca e apreensão no
gabinete da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson. A
terceira fase resultou no afastamento do então ministro do Trabalho, Helton
Yomura.
Fonte: Correio Brazilense
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