Como será a política externa de Bolsonaro


Agora, eleito, é possível imaginar o que esperar do novo Presidente

No primeiro dia útil após a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), o dólar comercial abriu em queda de 1,88%, vendido a R$ 3,587, às 9h05 desta segunda-feira (29). Na sexta-feira passada (26), a moeda americana já tinha fechado em queda de 1,31%, vendido a R$ 3,655, o menor valor em cinco meses, desde 24 de maio.
Eleito, agora é possível imaginar o que esperar da sua política externa. A ideia de manter o Banco Central "formal e politicamente independente" alinhado ao Ministério da Economia, que substituirá a Fazenda, o Planejamento, a Indústria e Comércio Exterior e Serviços e a Secretaria Executiva do PPI - Programa de Parcerias de Investimentos, está sendo bem vista por parte do governo. 
Embora não constem de seu plano de governo, declarações sobre política externa foram feitas em entrevistas, como a crítica que fez ao Comitê de Direitos Humanos da ONU. Suas referências ao Acordo de Paris, assinado por 195 países, inclusive o Brasil, que se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, sofreram críticas, mas explicou-se mais claramente quais as condições que poderiam levar o país a sair deste acordo. Outra decisão é a promessa de extraditar o italiano Cesare Battisti.
Pelos elogios feitos aos Estados Unidos e pelas promessas de repensar as relações do Brasil com o Mercosul e os Brics, sua política externa vai totalmente em desencontro com a adotada pelos governos petistas. É favorável à destituição de Nicolás Maduro na Venezuela. E em relação aos imigrantes venezuelanos, sua proposta é a criação de um campo de refugiados.
Diz ainda que pretende intensificar a aproximação com os Estados Unidos, Israel e Taiwan, mas não reconhece a Palestina como um país. Quanto a China, indica que pode fazer restrições. 
Seu plano de governo propõe a redução de alíquotas de importação e das barreiras não tarifárias e constituir novos acordos bilaterais. Pensa ainda em buscar "uma nova forma de fazer comércio com toda a América do Sul, sem viés ideológico".

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