Pará tem 93 barragens e 18 apresentam riscos à população e ao meio ambiente


Tragédia em Brumadinho (MG) motivou governador Helder a criar grupo de trabalho para avaliar situação no Estado
"O Pará, que tem uma forte vocação mineral, precisa ter clareza e absoluta tranquilidade sobre a situação de suas barragens após o que aconteceu em Brumadinho". Com essa afirmação, feita esta manhã pelo governador Helder Barbalho, foi anunciada há pouco a instalação de um grupo de trabalho com o intuito de, preventivamente, verificar a situação das barragens do Pará. O Estado tem 93 barragens, entre as quais apenas 66 estão inseridas Política Nacional de Segurança de Barragens. Dessas, 18 preocupam por apresentarem potenciais riscos a populações e ao ambiente. 
Helder convidou o Ministério Público do Estado (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF) a participarem do grupo de trabalho - que, entre outros membros, terá coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), e terá 60 dias para apresentar resultados.
BALANÇO
Diagnóstico da estrutura das barragens é um dos objetivos do grupo. "Há no Pará barragens com até 42 metros de altura - o equivalente a prédio de mais de 100 andares", disse na reunião o titular da Semas, Mauro Ó de Almeida, que ainda não citou o nome e a localização dessa barragem.
O titular do MPE, Gilberto Martins, parabenizou a iniciativa do governador. "É importante Estado sair à frente e verificar vulnerabilidades, para que não ocorra o que houve (no ano passado) com as barragens de contenção da Hydro", avaliou.
Helder avaliará a situação das 27 barragens que ainda não estão inseridas na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) - que hoje só monitora 66 barragens - ao fim da reunião desta manhã. 

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