A previsão é que as
operações de resgate durem semanas devido às dificuldades de locomoção e dos
trabalhos
O número de mortos após o rompimento de uma barragem
da mineradora Vale em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte (MG), subiu
para 65, segundo informações divulgadas pela Defesa Civil de Minas Gerais. Dos
65 mortos, 31 foram identificados.
A Defesa Civil informou
que há 279 pessoas desaparecidas e 386 foram localizadas, entre
funcionários da Vale e moradores da região. Há ainda 135
desabrigados. Segundo a Defesa Civil, foram resgatadas com vida 192 pessoas.
Para o coordenador da
Defesa Civil, tenente-coronel Flávio Godinho, o momento não é para doações. Ele
negou a existência de contas bancárias para doações financeiras.
A previsão é que as
operações de resgate durem semanas devido às dificuldades de locomoção e dos
trabalhos em si. As ações começaram há três dias. As
operações hoje (28) foram retomadas às 4h, quando as equipes de busca
conseguiram recuperar dois corpos que estavam no segundo ônibus encontrado
submerso na lama de rejeitos.
Equipes do Corpo de
Bombeiros conseguiu localizar o imobiliário do refeitório, no local estavam
alguns corpos. Os bombeiros tiveram dificuldades ao longo do dia por causa dos
drones que estão na região. Esses equipamentos atrapalham o sobrevoo das
aeronaves da corporação.
Identificação
Para facilitar a identificação
e o contato com as família, a Polícia Civil montará postos avançados na área de
Brumadinho. O trabalho será desempenhado por profissionais de várias áreas,
inclusive voluntários.
O delegado Luiz Carlos
Ferreira disse que a Polícia Civil busca identificar os mortos o mais
rápidamente possível. De acordo com ele, é fundamental que as famílias
transmitam informações que facilitem a localização dos parentes, como detalhes
sobre arcada dentária e fotografias.
Segurança
O porta-voz da Polícia
Militar, major Flávio Santiago, afirmou hoje que não há registros de
saques nem de atos de violência em decorrência da situação na região. De acordo
com ele, o efetivo de policiais aumentou para 250 apenas na área atingida pela
tragédia.
“Além do patrulhamento de
helicóptero para que a sociedade seja resguardada”, destacou o major.
Perspectivas
O porta-voz do Corpo de
Bombeiros Militar de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, apelou para que as
pessoas, mesmo bem intencionadas, não tentem fazer o trabalho de resgaste
sozinhas. Segundo ele, falsas informações prejudicaram as atividades de apoio.
Segundo o militar, as equipes
israelenses ajudam no resgate das vítimas que estão no segundo ônibus. Os
trabalhos serão interrompidos a partir das 22h e serão retomados às 4h da
manhã. De acordo com ele, a topografia do terreno e a lama dificultam as
operações de resgate.
Pela manhã, o tenente Pedro
Aihara disse que é baixa a possibilidade de localizar pessoas vivas. “As
chances são muito pequenas considerando o tipo de tragédia, que envolve lama”,
disse, ao explicar que os rejeitos dificilmente permitem a formação de bolsões
de ar. “É uma operação de guerra, que demanda esforços e compreensão de todas
as partes”, concluiu.
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