Na manhã de terça-feira (25), atendendo convite dos vereadores Peninha e José Beloni, representante da empresa BRAZAURO esteve na Câmara Municipal de Itaituba para prestar esclarecimentos sobre várias denúncias contra a empresa, entre elas a não contratação de pessoas da região, compras feitas em outras cidades e aluguel de veículos em outros centros comerciais.
A empresa escalou para representá-la o Diretor de Meio Ambiente, Eduardo Leão.
Primeiramente, o vereador Peninha fez um relato sobre as denúncias que a Câmara Municipal de Itaituba recebeu sobre a contratação de empregados. Também falou das reclamações dos comerciantes da região, de que a empresa está priorizando comprar em outras cidades em vez de prestigiar o comércio local.
Peninha, mostrando cópias dos documentos, os quais constam as condicionantes, criticou a empresa, afirmando que a Brazauro não vem cumprindo as condicionantes acordadas nas Licenças Ambientais concedidas pela SEMAS do Estado.
Inclusive, que a Associação Comercial e o CDL, que são parceiros da empresa, foram colocadas de escanteio. Não são ouvidas ou não recebem as informações que ficaram acertadas.
Outra crítica do edil, foi sobre a mão de obra. A empresa assinou como condicionante a obrigatoriedade de realizar 12 cursos de preparação de mão de obra em Itaituba, com Senai, para 500 pessoas e até hoje realizou apenas um curso de ajudante de pedreiro. Dos 25 participantes, a empresa chamou apenas 3 pessoas.
Peninha também criticou a Brazauro, por trazer de fora profissionais com curso superior, não valorizando os profissionais que aqui estão e também de alugar ônibus no Paraná para transporte dos funcionários, quando devia contratar empresas daqui, como Buburé, Quaresma, etc.
“São coisas assim que nos deixam triste e revoltado com as empresas que quando chegam aqui prometem um milhão de coisas e depois não cumprem, pelo menos com essencial”, disse Peninha.
O vereador Peninha perguntou sobre a madeira extraída na área onde está instalado o projeto Tocantinzinho, Eduardo afirmou que são 5.000 toras de madeira de várias espécies que estão estocadas, aguardando a liberação pelo Estado, via SEMAS e pelo ICMBIO.
Eduardo afirmou que a liberação desta madeira depende dos órgãos ambientais, que devem ser doadas e não podem ser vendidas. A vereadora Antônia Borrolo cobrou da empresa a contratação de mais mulheres para trabalhar na Brazauro.
Eduardo garantiu que, atualmente, do pessoal que trabalha na empresa, 15% são mulheres e que quando o projeto começar a funcionar, vai aumentar para 20% de mulheres trabalhando na Brazauro.
O vereador Nem reclamou que todas empresas quando chegam em Itaituba prometem fazer isto e aquilo e depois que se instalam os compromissos ficam só na promessa e lembrou do tempo em que as empresas portuárias começaram a se instalar em Miritituba, prometiam um monte de coisa e depois nada cumpriram.
Já o vereador Tiago Marciel lembrou que existe uma Comissão criada em 2022, na Câmara para levantar estas denúncias. O mesmo foi reforçado pelo vereador Rangel Moraes, que também faz parte desta comissão, mas que até agora não apresentou nenhum relatório sobre a atuação da Brazauro no município de Itaituba.
Rangel também criticou a Brazauro, pelo repasse ao Estado de R$ 6.000.000,00 e ao ICMBIO R$ 3.500.000,00 e nenhum centavo ao município.
O vereador Felipe Marques achou que aquela reunião não deveria ocorrer agora, já que tinha sido criada uma comissão para apurar estas denúncias.
Depois das palavras dos vereadores, o representante da Brazauro, Eduardo Leão, afirmou que em relação aos empregos, hoje estão trabalhando na empresa em torno de 1.500 pessoas e destas, 900 são pessoas que moram na região de Itaituba.
Com referência às compras na região, Eduardo Leão disse que só no ano de 2022, a empresa gastou em Itaituba em torno de R$ 100 milhões.
O presidente da Câmara, vereador Dirceu Biolch, marcou para julho uma visita de todos os vereadores, na mineração para conhecerem de perto o projeto Tocantinzinho, o que foi acordado pelo representante da empresa.
O Impacto
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