Governo do Pará ajuíza ação contra revisão da taxa de energia elétrica

O Governo do Pará, por meio da sua Procuradoria-Geral (PGE), em parceria com a Defensoria Pública do Estado (DPE), ajuizou Ação Civil Pública na Justiça Federal da 1ª Região para suspender o aumento tarifário de cerca de 18%, previsto para ser aplicado pela Equatorial Energia a partir do próximo dia 07 agosto, na conta de luz dos paraenses.

A ação solicita, inicialmente, a suspensão da aplicação da nova tarifa e, em caráter definitivo, a revisão deste processo de reajuste tarifário aplicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

“Nós vamos trabalhar junto à sociedade paraense, a todos os seus representantes, contra este abuso, contra este aumento que sacrifica a população, que paga uma conta mais cara; que sacrifica o setor produtivo, que acaba não investindo no Estado e, consequentemente, diminuindo as oportunidades de emprego e de desenvolvimento econômico. E, portanto, todos perdem. Vamos juntos trabalhar para que esta ação possa impedir com que este reajuste e esta revisão venham a acontecer”, complementou o governador do Pará.

A ação ajuizada hoje representa nova investida do Estado do Pará contra o aumento tarifário previsto para o início de agosto. Em 23 de junho de 2023 foi apresentada manifestação junto à ANEEL, no contexto da audiência pública para a oitiva dos entes representativos da sociedade paraense. Hoje, a Ação Civil Pública ajuizada em parceria com a DPE corresponde à nova fase dos esforços do poder público em obter melhores condições para a tarifa de energia elétrica.

“Os argumentos que o Estado utilizou, na Ação Civil Pública ajuizada nesta terça-feira (25), são a irregularidade do procedimento adotado pela ANEEL, a nulidade desta Consulta Pública, realizada em maio e junho de 2023, por falta de ampla divulgação. Analisamos inadequações na avaliação utilizada pela Equatorial para justificar este aumento tarifário. Este aumento protege o investidor em prejuízo do consumidor paraense”, explicou o procurador do Estado, Rafael Rolo.

Ainda segundo o procurador, o ajuizamento da ACP foi viabilizado pelo auxílio técnico do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Pará, sob a presidência do Sr. Vilson Shuber e com a participação decisiva dos Conselheiros Cássio Bitar e Cláudio Conde, bem como com o auxílio e consultoria do Professor Carlindo Lins.

“Essa parceria, reunindo PGE, DPE e os técnicos do Conselho de Consumidores garantiu o ajuizamento de uma ação que contém argumentos substanciais e que merecem ser levados em consideração. Confiamos num resultado positivo, mas estamos alertas para adotarmos as medidas necessárias em face de qualquer eventualidade”.

Fonte: O Diário do pará
Imagem: Divulgação

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